PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Seis países africanos em Kinshasa na reunião sobre papel da educação para paz
Kinshasa, RD Congo (PANA) - Delegados da Libéria, do Quénia, do Zimbabwe, da Côte d’Ivoire, da Somália e da República Democrática do Congo (RDC) participam desde terça-feira, em Kinshasa, na mesa redonda sobre o papel da educação na consolidação da paz em situações de conflito e ambientes frágeis.
« A paz é indispensável para o desenvolvimento sustentável e, pela educação, pode-se consolidar a paz », declarou o ministro do Ensino Primário, Secundário e Profissional da RD Congo, Maker Mwangu, no seu discurso de abertura.
Por seu turno, o secretário executivo da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), Jean-Marie Byll-Cataria, lembrou que « visto que a guerra nasce no espírito dos homens, é no espírito dos homens que se deve erguer as defesas da paz ».
Participam igualmente na Mesa Redonda especialistas em elaboração de currículos escolares e representantes da sociedade civil, de universidades, de institutos regionais e de organismos de desenvolvimento.
O objetivo da reunião é permitir a troca de informações sobre políticas e práticas educativas, bem como sobre estratégias suscetíveis de promover e consolidar a paz, enquanto “condição primeira para a coesão social, a estabilidade política e o desenvolvimento económico da região”, segundo um comunicado de imprensa dos organizadores.
O encontro visa igualmente promover uma melhor compreensão dos desafios ligados aos conflitos e à fragilidade com que os países africanos estão confrontados, os valores, as ideias e as competências fundamentais associadas à educação para a paz.
O encorajamento da tomada de decisões políticas e legislativas a favor da implementação da educação para a paz, através nomeadamente da formação de formadores, do desenvolvimento de programas curriculares adaptados e da criação de material educativo faz igualmente parte dos objetivos preconizados.
Sob o tema « A Educação Como Agente de Promoção da Paz e Parceria », a reunião é organizada pelo Polo de Qualidade Inter-Países da ADEA sobre a Educação para a Paz, em colaboração com os Ministérios queniano e congolês da Educação com o apoio do Gabinete Regional da Educação para África (BREDA) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Coordenado pelo Ministério queniano da Educação, o PQIP constitui “uma plataforma de intercâmbio entre os países africanos que fizeram da educação para a paz uma prioridade” para, entre outras metas, reforçar as redes da educação para a paz no continente e a colaboração neste domínio entre os organismos de desenvolvimento que apoiam o setor em África.
Os resultados esperados do encontro são, entre outros, a discussão de estudos de casos práticos nacionais levados a cabo pelo PQIP sobre a educação para a paz nos países representados na reunião e a formulação de recomendações para um plano de ação do PQIP sobre a Educação para a Paz para os anos 2011 e 2012.
Os participantes vão ainda preparar a Mesa Redonda ministerial sobre a Educação para a paz que terá lugar durante a Trienal de 2012 da ADEA sobre educação e formação para o desenvolvimento sustentável, a realizar-se no Burkina Faso em Fevereiro de 2012.
Finalmente, a conferência de Kinshasa servirá de plataforma ao PQIP para reforçar a sua rede ministerial e de profissionais do setor que apoiam a Educação para a Paz no continente.
De acordo com a nota, vários países africanos estão envolvidos em conflitos armados, “que provocam muitos males, como morte e mutilação de civis, atos de violência extrema, separação e deslocação de famílias, desintegração das estruturas familiares e comunitárias, exploração sexual, tráfico de seres humanos e recrutamento militar de crianças”.
Estes conflitos, prossegue o documento, desmembram igualmente os sistemas educativos, privando as crianças e os jovens das condições de segurança e de oportunidades de aprendizagem para adquirir os conhecimentos, as competências e os valores humanos capazes de contribuir ao desenvolvimento e à estabilidade social, económica e política dos seus países.
Por outro lado, o comunicado lembra que o papel da educação para atenuar o impacto dos conflitos e da fragilidade das sociedades e contribuir à reconstrução e ao desenvolvimento “é hoje reconhecido, tal como o sublinha o relatório mundial de 2011 de acompanhamento sobre a EPT (Educação para Todos) publicado pela UNESCO”.
-0- PANA KON/TBM/SOC/MAR/TON 27julho2011
« A paz é indispensável para o desenvolvimento sustentável e, pela educação, pode-se consolidar a paz », declarou o ministro do Ensino Primário, Secundário e Profissional da RD Congo, Maker Mwangu, no seu discurso de abertura.
Por seu turno, o secretário executivo da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA), Jean-Marie Byll-Cataria, lembrou que « visto que a guerra nasce no espírito dos homens, é no espírito dos homens que se deve erguer as defesas da paz ».
Participam igualmente na Mesa Redonda especialistas em elaboração de currículos escolares e representantes da sociedade civil, de universidades, de institutos regionais e de organismos de desenvolvimento.
O objetivo da reunião é permitir a troca de informações sobre políticas e práticas educativas, bem como sobre estratégias suscetíveis de promover e consolidar a paz, enquanto “condição primeira para a coesão social, a estabilidade política e o desenvolvimento económico da região”, segundo um comunicado de imprensa dos organizadores.
O encontro visa igualmente promover uma melhor compreensão dos desafios ligados aos conflitos e à fragilidade com que os países africanos estão confrontados, os valores, as ideias e as competências fundamentais associadas à educação para a paz.
O encorajamento da tomada de decisões políticas e legislativas a favor da implementação da educação para a paz, através nomeadamente da formação de formadores, do desenvolvimento de programas curriculares adaptados e da criação de material educativo faz igualmente parte dos objetivos preconizados.
Sob o tema « A Educação Como Agente de Promoção da Paz e Parceria », a reunião é organizada pelo Polo de Qualidade Inter-Países da ADEA sobre a Educação para a Paz, em colaboração com os Ministérios queniano e congolês da Educação com o apoio do Gabinete Regional da Educação para África (BREDA) da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Coordenado pelo Ministério queniano da Educação, o PQIP constitui “uma plataforma de intercâmbio entre os países africanos que fizeram da educação para a paz uma prioridade” para, entre outras metas, reforçar as redes da educação para a paz no continente e a colaboração neste domínio entre os organismos de desenvolvimento que apoiam o setor em África.
Os resultados esperados do encontro são, entre outros, a discussão de estudos de casos práticos nacionais levados a cabo pelo PQIP sobre a educação para a paz nos países representados na reunião e a formulação de recomendações para um plano de ação do PQIP sobre a Educação para a Paz para os anos 2011 e 2012.
Os participantes vão ainda preparar a Mesa Redonda ministerial sobre a Educação para a paz que terá lugar durante a Trienal de 2012 da ADEA sobre educação e formação para o desenvolvimento sustentável, a realizar-se no Burkina Faso em Fevereiro de 2012.
Finalmente, a conferência de Kinshasa servirá de plataforma ao PQIP para reforçar a sua rede ministerial e de profissionais do setor que apoiam a Educação para a Paz no continente.
De acordo com a nota, vários países africanos estão envolvidos em conflitos armados, “que provocam muitos males, como morte e mutilação de civis, atos de violência extrema, separação e deslocação de famílias, desintegração das estruturas familiares e comunitárias, exploração sexual, tráfico de seres humanos e recrutamento militar de crianças”.
Estes conflitos, prossegue o documento, desmembram igualmente os sistemas educativos, privando as crianças e os jovens das condições de segurança e de oportunidades de aprendizagem para adquirir os conhecimentos, as competências e os valores humanos capazes de contribuir ao desenvolvimento e à estabilidade social, económica e política dos seus países.
Por outro lado, o comunicado lembra que o papel da educação para atenuar o impacto dos conflitos e da fragilidade das sociedades e contribuir à reconstrução e ao desenvolvimento “é hoje reconhecido, tal como o sublinha o relatório mundial de 2011 de acompanhamento sobre a EPT (Educação para Todos) publicado pela UNESCO”.
-0- PANA KON/TBM/SOC/MAR/TON 27julho2011