PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Segurança de cidadãos e empregos, essencial para se livrar do círculo da violência
Dar-es-Salaam, Tanzânia (PANA) – Cerca de um bilião 500 milhões de pessoas vivem em países afetados por ciclos constantes de violências política e criminal e nenhum país de fraca receita ou assolado por um conflito atingiu um único dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), segundo um novo relatório divulgado esta segunda-feira pelo Banco Mundial (BM).
Resolver os problemas económicos, políticos e de segurança, que obstruem o desenvolvimento e armadilham os Estados frágeis em ciclos de violência, necessita do reforço das instituições nacionais e da melhoria da governação de forma a tornar prioritários a segurança dos cidadãos, a justiça e os empregos, segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011 do BM.
«A fim de quebrar estes ciclos de violências e atenuar as tensões que provocam, os países devem instalar instituições nacionais mais legítimas, responsáveis e capazes que garantam aos cidadãos o acesso à segurança, à justiça e ao emprego », declarou o presidente do BM, Robert B. Zoellick.
« As crianças residentes nestes Estados frágeis são várias vezes mais expostas à desnutrição e três vezes mais ao abandono escolar. E os efeitos da violência numa região podem alargar-se aos Estados vizinhos e a outras regiões do mundo, obstruindo as perspetivas de desenvolvimento económicas de regiões inteiras », acrescentou.
"Les enfants vivant dans ces Etats fragiles sont des fois plus exposés à la malnutrition et trois fois plus à l'abandon scolaire. Et les effets de la violence dans une région peuvent s'étendre aux Etats voisins et à d'autres régions du monde, entravant les perspectives de développement de certaines et les perspectives économiques de régions entières", a-t-il ajouté.
« O Relatório de 2011 sobre o Desenvolvimento Mundial : Conflito, Segurança e Desenvolvimento » segue-se a um discurso pronunciado por Zoellick em 2008 no Instituto para os Estudos Estratégicos, intitulado « Estados Frágeis: Securizar o Desenvolvimento ».
"Le Rapport 2011 sur le développement mondial: Conflit, Sécurité et Développement" fait suite à un discours prononcé par M. Zoellick en 2008 à l'Institut international pour les études stratégiques, intitulé "Les Etats fragiles: Sécuriser le développement".
Ao sublinhar que as atividades militares e de desenvolvimento utilizavam muitas vezes direções separadas, o presidente do BM preconizou o reforço da segurança e do desenvolvimento para se livrar da engrenagem da fragilidade e da violência na qual se encontram mais de um bilião de indivíduos.
O relatório sublinha que pelo menos um bilião 500 milhões de pessoas estão afetadas por violências em curso ou pelas suas consequências.
O relatório mostra como a violência organizada no século XXI parece ser motivada por uma série de tensões locais e internacionais, como o desemprego dos jovens, as crises financeiras, as tensões entre grupos étnicos, religiosos ou sociais e as redes de tráfico.
Segundo estudos sobre os cidadãos efetuados para o relatório, o desemprego é designado como o fator mais importante do recrutamento nos bandos criminosos e nos movimentos rebeldes.
Os riscos de violências são maiores quando fortes tensões forem associadas às fracas capacidades e à falta de legitimidade das principais instituições nacionais, como o demonstraram os recentes distúrbios na África do Norte e no Médio Oriente.
Por outro lado, as conquistas dos processos de paz são muitas vezes minadas por uma taxa elevada de criminalidade organizada. E os países onde a violência se implanta desenvolvem-se muito pouco, com taxas de pobreza de 20 porcento mais elevadas em média, nos Estados onde a violência reina do que nos outros países.
«Enquanto a maioria dos países do mundo realizaram progressos rápidos em matéria de redução de pobreza nestes últimos 60 anos, as regiões expostas à instabilidade política e à criminalidade estão em atraso e sujeitas à estagnação, tanto no plano do crescimento económico como no dos indicadores de desenvolvimento humano », declarou o economista-em-chefe e vice-presidente encarregue do Desenvolvimento Económico do BM, Justin Lin.
Parar estes ciclos repetidos de violência necessita do reforço de instituições mais capazes e legítimas e duma melhor governação, defende o relatório.
Nas situações de violências e de fragilidade, esforços deliberados são necessários para estabelecer coligações políticas « suficientemente inclusivas » para dar um largo apoio nacional à mudança.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/FK/DD 11abril2011
Resolver os problemas económicos, políticos e de segurança, que obstruem o desenvolvimento e armadilham os Estados frágeis em ciclos de violência, necessita do reforço das instituições nacionais e da melhoria da governação de forma a tornar prioritários a segurança dos cidadãos, a justiça e os empregos, segundo o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011 do BM.
«A fim de quebrar estes ciclos de violências e atenuar as tensões que provocam, os países devem instalar instituições nacionais mais legítimas, responsáveis e capazes que garantam aos cidadãos o acesso à segurança, à justiça e ao emprego », declarou o presidente do BM, Robert B. Zoellick.
« As crianças residentes nestes Estados frágeis são várias vezes mais expostas à desnutrição e três vezes mais ao abandono escolar. E os efeitos da violência numa região podem alargar-se aos Estados vizinhos e a outras regiões do mundo, obstruindo as perspetivas de desenvolvimento económicas de regiões inteiras », acrescentou.
"Les enfants vivant dans ces Etats fragiles sont des fois plus exposés à la malnutrition et trois fois plus à l'abandon scolaire. Et les effets de la violence dans une région peuvent s'étendre aux Etats voisins et à d'autres régions du monde, entravant les perspectives de développement de certaines et les perspectives économiques de régions entières", a-t-il ajouté.
« O Relatório de 2011 sobre o Desenvolvimento Mundial : Conflito, Segurança e Desenvolvimento » segue-se a um discurso pronunciado por Zoellick em 2008 no Instituto para os Estudos Estratégicos, intitulado « Estados Frágeis: Securizar o Desenvolvimento ».
"Le Rapport 2011 sur le développement mondial: Conflit, Sécurité et Développement" fait suite à un discours prononcé par M. Zoellick en 2008 à l'Institut international pour les études stratégiques, intitulé "Les Etats fragiles: Sécuriser le développement".
Ao sublinhar que as atividades militares e de desenvolvimento utilizavam muitas vezes direções separadas, o presidente do BM preconizou o reforço da segurança e do desenvolvimento para se livrar da engrenagem da fragilidade e da violência na qual se encontram mais de um bilião de indivíduos.
O relatório sublinha que pelo menos um bilião 500 milhões de pessoas estão afetadas por violências em curso ou pelas suas consequências.
O relatório mostra como a violência organizada no século XXI parece ser motivada por uma série de tensões locais e internacionais, como o desemprego dos jovens, as crises financeiras, as tensões entre grupos étnicos, religiosos ou sociais e as redes de tráfico.
Segundo estudos sobre os cidadãos efetuados para o relatório, o desemprego é designado como o fator mais importante do recrutamento nos bandos criminosos e nos movimentos rebeldes.
Os riscos de violências são maiores quando fortes tensões forem associadas às fracas capacidades e à falta de legitimidade das principais instituições nacionais, como o demonstraram os recentes distúrbios na África do Norte e no Médio Oriente.
Por outro lado, as conquistas dos processos de paz são muitas vezes minadas por uma taxa elevada de criminalidade organizada. E os países onde a violência se implanta desenvolvem-se muito pouco, com taxas de pobreza de 20 porcento mais elevadas em média, nos Estados onde a violência reina do que nos outros países.
«Enquanto a maioria dos países do mundo realizaram progressos rápidos em matéria de redução de pobreza nestes últimos 60 anos, as regiões expostas à instabilidade política e à criminalidade estão em atraso e sujeitas à estagnação, tanto no plano do crescimento económico como no dos indicadores de desenvolvimento humano », declarou o economista-em-chefe e vice-presidente encarregue do Desenvolvimento Económico do BM, Justin Lin.
Parar estes ciclos repetidos de violência necessita do reforço de instituições mais capazes e legítimas e duma melhor governação, defende o relatório.
Nas situações de violências e de fragilidade, esforços deliberados são necessários para estabelecer coligações políticas « suficientemente inclusivas » para dar um largo apoio nacional à mudança.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/FK/DD 11abril2011