Secretário de Estado americano discute com Presidente Bazoum sobre evolução da situação
Washington, DC, Estados Unidos da América (PANA) - O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, conversou terça-feira com o destituído Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, e com o presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, sobre a evolução da situação neste país africano após o golpe de 26 de julho.
De acordo com uma declaração do Departamento de Estado americano, o Blinken exprimiu o apoio inabalável dos Estados Unidos ao Bazoum e à democracia do Níger.
“Ele sublinhou que os Estados Unidos rejeitam os esforços para derrubar a ordem constitucional e estão com o povo do Níger, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana e parceiros internacionais para apoiar a governança democrática e o respeito ao Estado de lei e direitos humanos", disse o comunicado.
De acordo com uma declaração separada, os Blinken e Faki reiteraram as prioridades comuns dos Estados Unidos e da UA, nomeadamente a "libertação imediata" do Presidente Mohamed Bazoum, e insistiram no respeito pelo estado de direito e pela segurança pública.
Eles também elogiaram a liderança e cooperação da região, que são essenciais para restaurar a ordem constitucional no Níger.
Em relação ao Sudão, o comunicado disse que ambos os lados concordam que não há solução militar aceitável para o conflito no país da África Oriental. Eles discutiram esforços coordenados para acabar com os combates, bem como a necessidade urgente de acesso humanitário desimpedido e respeito aos direitos humanos por todas as partes.
Eles concordaram que a interferência externa e o apoio militar às partes em conflito apenas intensificariam e prolongariam o conflito.
O Blinken também exprimiu a sua profunda preocupação com o aumento da violência e relatos de atrocidades em Darfur.
Após o golpe, o bloco de 15 estados da África Ocidental emitiu um comunicado no domingo exigindo que o Presidente eleito democraticamente retorne ao poder dentro de uma semana.
Caso contrário, "tomarão todas as medidas necessárias para restabelecer a ordem constitucional", incluindo o uso da força. A CEDEAO também impôs sanções financeiras ao Níger e fechou as fronteiras aéreas e terrestres com o país.
Em resposta, os Governos militares dos vizinhos o Mali e o Burkina Faso declararam que o uso da força no Níger constituiria uma "declaração de guerra" contra seus respectivos países.
Os líderes militares da CEDEAO estão reunidos na capital nigeriana, Abuja, para discutir a possibilidade de usar a força para restaurar Bazoum.
A França e a Itália começaram a evacuar seus cidadãos do Níger na terça-feira, enquanto a crise continua. Dois aviões enviados pela França chegaram a Paris e outros dois são esperados.
-0- PANA MA/NFB/JSG/MAR 02agosto2023