Agência Panafricana de Notícias

Secretário-Geral da ONU visita República Centroafricana

Bangui, República Centroafricana (PANA) - No terceiro dia da sua visita à República Centroafricana (RCA), o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou quinta-feira à comunidade internacional a apoiar a estratégia de consolidação da paz e de reconstrução do país abalado pelo conflito.

"Deve haver recursos disponíveis para que este país beneficie da solidariedade necessária para garantir a dignidade dos seus cidadãos e fazer para que os projetos governamentais se tornem numa realidade de paz, de estabilidade e de prosperidade", declarou Gueterres à imprensa em Bangui, a capital do país.

O Secretário-Geral falava no termo de uma reunião sobre o plano de desarmamento, desmobilização, reintegração dos ex-militares bem como a reforma do setor da segurança.

Ele saudou os esforços do Presidente Faustin-Archange Touadéra e do seu Governo para consolidar a paz no país e prometeu o apoio da ONU à extensão das instituições nacionais.

O chefe da ONU sublinhou que as quatro componentes ligadas (segurança, construção do Estado, reconciliação e desenvolvimento) que formam a visão do país em matéria de consolidação da paz e de reconstrução.

No plano da segurança, Guterres notou que o Conselho de Segurança da ONU foi convidado a reforçar a capacidade da sua missão de manutenção da paz, a MINUSCA, e a sua capacidade operacional de melhor proteger os civis na RCA.

Nos outros domínios, a ONU apoia os projetos do Governo, declarou, sublinhando a importância da apropriação nacional destes programas.

O Secretário-Geral apelou igualmente aos grupos armados para deporem as suas armas para poder participar no processo político do país.

Notando que quase todos os conflitos religiosos que conhece são causados por manipulações políticas, Guterres exortou os dirigentes políticos, comunitários e religiosos da RCA a trabalhar a favor duma verdadeira reconciliação nacional.

"As comunidades religiosas centroafricanas (cristãs, muçulmanas e outros) viveram sempre juntas", lembrou, acrescentando ser imperativo que os dirigentes políticos, os dirigentes dos grupos armados e os líderes religiosos comunitários trabalhem para uma verdadeira reconciliação, o respeito mútuo e a compreensão de que "todo o mundo deve viver junto para construir a nova República Centroafricana".


Para o efeito, concluiu, a comunidade internacional deve desempenhar o seu papel, porque "não podemos deixar os Centroafricanos abandonados à sua sorte. Todo o mundo deve ser mobilizado para ajudar este país a construir um futuro que os Centroafricanos merecem", sublinhou.

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