PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Secretário-Geral da ONU insta decisores a comprometer -se a colmatar fosso digital
Dakar, Senegal (PANA) – O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, instou esta terça-feira os decisores do mundo a comprometer-se a suprir o fosso digital, a fim de que todos os povos possam aceder aos novos meios e tecnologias de comunicação.
"O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Humanos proclama o direito de qualquer pessoa a buscar, receber e espalhar, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão que seja" , lembrou Ban Ki-moon numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Ele pediu aos povos do mundo para reafirmarem o seu compromisso a este princípio fundamental de democracia, desenvolvimento e paz.
"Quando os Governos reprimem o seu povo escapando a qualquer controlo, a liberdade de imprensa é um dos meios mais poderosos para revelar as violações e restaurar a confiança da opinião pública", indicou o Secretário-Geral da ONU.
Segundo ele, face à discriminação e à marginalização, o acesso à imprensa pode constituir para estes povos "um meio de se fazer ouvir e de melhor fazer conhecer a sua situação trágica".
Lembrou que o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa nasceu destes jornalistas africanos que, na sequência da queda do muro de Berlim e do desaparecimento das restrições impostas à imprensa na Europa do Leste, quiseram que o seu continente beneficiasse dos mesmos progressos.
Eles colaboraram com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para organizar em 1991, na Namíbia, o seminário que permitiu a divulgação da Declaração histórica de Windhoek sobre uma imprensa livre e independente na qual a Assembleia Geral das Nações Unidas inspirou-se para instituir este dia mundial, acrescentou Ban Ki-moon.
No entanto, apesar das vantagens da imprensa, o recurso aos órgãos de comunicação para incitar ao ódio e à violência é um problema que perdura, segundo Ban Ki-moon, que deplora que os Estados passaram a impor novas barreiras incluindo o cibercontrolo, o assédio digital e a censura na Internet.
Segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos seis jornalistas que trabalhavam essencialmente online foram mortos em 2010.
Pela primeira vez em 2008, foram recenseados mais jornalistas online detidos do que os seus colegas que trabalhavam para a imprensa tradicional, segundo a ONU.
O Secretário-Geral da ONU recordou-se, igualmente por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, dos jornalistas, redatores e outros profissionais da imprensa mortos devido às suas reportagens, e pediu a todos para honrar a sua memória exigindo que Justiça seja feita.
A impunidade de que beneficiam muitas vezes tais crimes demonstra infelizmente que as autoridades não se preocupam com a proteção dos jornalistas, e que elas manifestam um desprezo total pelo papel determinante que eles desempenham. Vários outros jornalistas continuam detidos simplesmente por terem feito o seu trabalho, observou.
O tema da efeméride para este ano foi « Novas Fronteiras, Novas Barreiras ».
-0- PANA COU/JSG/FK/IZ 03maio2011
"O artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Humanos proclama o direito de qualquer pessoa a buscar, receber e espalhar, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão que seja" , lembrou Ban Ki-moon numa mensagem por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
Ele pediu aos povos do mundo para reafirmarem o seu compromisso a este princípio fundamental de democracia, desenvolvimento e paz.
"Quando os Governos reprimem o seu povo escapando a qualquer controlo, a liberdade de imprensa é um dos meios mais poderosos para revelar as violações e restaurar a confiança da opinião pública", indicou o Secretário-Geral da ONU.
Segundo ele, face à discriminação e à marginalização, o acesso à imprensa pode constituir para estes povos "um meio de se fazer ouvir e de melhor fazer conhecer a sua situação trágica".
Lembrou que o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa nasceu destes jornalistas africanos que, na sequência da queda do muro de Berlim e do desaparecimento das restrições impostas à imprensa na Europa do Leste, quiseram que o seu continente beneficiasse dos mesmos progressos.
Eles colaboraram com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para organizar em 1991, na Namíbia, o seminário que permitiu a divulgação da Declaração histórica de Windhoek sobre uma imprensa livre e independente na qual a Assembleia Geral das Nações Unidas inspirou-se para instituir este dia mundial, acrescentou Ban Ki-moon.
No entanto, apesar das vantagens da imprensa, o recurso aos órgãos de comunicação para incitar ao ódio e à violência é um problema que perdura, segundo Ban Ki-moon, que deplora que os Estados passaram a impor novas barreiras incluindo o cibercontrolo, o assédio digital e a censura na Internet.
Segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos seis jornalistas que trabalhavam essencialmente online foram mortos em 2010.
Pela primeira vez em 2008, foram recenseados mais jornalistas online detidos do que os seus colegas que trabalhavam para a imprensa tradicional, segundo a ONU.
O Secretário-Geral da ONU recordou-se, igualmente por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, dos jornalistas, redatores e outros profissionais da imprensa mortos devido às suas reportagens, e pediu a todos para honrar a sua memória exigindo que Justiça seja feita.
A impunidade de que beneficiam muitas vezes tais crimes demonstra infelizmente que as autoridades não se preocupam com a proteção dos jornalistas, e que elas manifestam um desprezo total pelo papel determinante que eles desempenham. Vários outros jornalistas continuam detidos simplesmente por terem feito o seu trabalho, observou.
O tema da efeméride para este ano foi « Novas Fronteiras, Novas Barreiras ».
-0- PANA COU/JSG/FK/IZ 03maio2011