Secretária-Geral adjunta da ONU na conferência internacional sobre Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) - O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, vai fazer-se representar pela sua adjunta, Rosemary DiCarlo, na conferência ministerial internacional sobre a estabilidade na Líbia, agendada para este mês, na capital do país, Tripoli, confirmou terça-feira a responsável onusina.
Durante um encontro com o vice-presidente do Conselho Presidencial Líbio, Abdallah al-Lafi, DiCarlo frisou que o facto de ter sido convidada a participar neste encontro na Líbia "é um grande passo e uma mensagem política importante para todos."
Acrescentou que o volume da sua participação em fóruns da Alta Comissão Eleitoral Nacional confirma a vontade dos Líbios de organizarem eleições.
A seu ver, é importante realizar as aspirações do povo líbio às eleições presidenciais e legislativas, previstas para 24 de dezembro próximo, e através das quais todos os Líbios expressarão a sua escolha para a próxima etapa.
Disse esperar que sejam conjugados esforços para a implementação deste calendário, reivindicado pelos Líbios.
O encontro entre as duas personalidades versou essencialmente sobre os últimos desenvolvimentos da cena política líbia, nomeadamente os preparativos da conferência deste mês sobre o apoio à estabilidade na Líbia e das próximas eleições gerais.
Também foi abordado o papel da Missão das Nações Unidas para contribuir para a realização desses escrutínios, no acompanhamento dos resultados dos trabalhos da Comissão Militar Conjunta 5+5.
Na ocasião, foi igualmente discutida a questão da retirada dos combatentes estrangeiros de todo território líbio.
Por sua vez, al-Lafi apelou às Nações Unidas para apoiarem os esforços do Conselho Presidencia para ultrapassar todas as dificuldades técnicas e jurídicas, a fim de realizar as tão almejadas eleições gerais.
Advertindo que o tempo corre sem que se tenha alcançado uma solução que garanta a sua realização nos prazos estabelecidos, sublinhou que as etapas de transição só podem ser contornadas através das urnas.
No seu entender, só assim se poderá pôr fim a todas as crises políticas, económicas e securitárias no país.
Leis eleitorais foram adotadas pelo Parlamento líbio para as presidenciais e as legislativas, mas a falta de consenso sobre as mesmas pode comprometer a realização dos dois escrutínios.
-0- PANA BY/JSG/DD 18out2021