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São Tomé pede apoio internacional para setor agropecuário

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - São Tomé e Príncipe pediu à comunidade internacional 14 milhões de euros para financiar o seu programa agroindustrial destinado a torná-lo num país autosustentavél, para vencer os efeitos negativos da crise provada pela pandemia do novo coronavirus (covid-19), soube-se de fonte oficial.

“Queremos apoio dos parceiros multilaterais e do Sistema das Nações Unidas (SNU). Há uma promessa do FIDA (Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola que nos prometeu cinco milhões de euros)", afirmou quinta-feira o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus.

O governante falava numa entrevista à imprensa, no seu gabinete, depois do lançamento da campanha agrolimentar, quarta-feira.

Antevendo o alastramento da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, Jorge Bom Jesus disse que o país espera um apoio financeiro antecipado da comunidade internacional, para que possa ser autosuficiente na produção de alimentos.

O primeiro-ministro são-tomense anunciou estar já garantido um apoio financeiro do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), no valor de três milhões de euros.

“São valores de que precisamos (mas) que ainda não recebemos”, acrescentou Jorge Bom Jesus, prevendo uma escassez de bens alimentares para o consumo, durante a crise da pandemia, tendo em conta que o país de 200 mil habitantes depende da importação de bens alimentares, num negócio dominado essencialmente por operadores económicos portugueses e libaneses.

O programa agroindustrial intitulado “Vamos Todos Pplantar”, avaliado em 14 milhões de euros, contempla a distribuição de alfaias agrícolas e sementes aos agricultores e horticultores, no arquipélago lusófono, segundo Francisco Ramos, ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

“Convidamos todos os São-tomenses a plantarem árvores de fruto, jaqueiras, mangueiras, cajamagueiras", entre outras, exortou.

-0- PANA IZ/RMG 17abril2020