São Tomé e Príncipe restabelece produção de oxigénio hospitalar
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O ministro são-tomense da Saúde, Edgar Neves, anunciou o restabelecimento da produção de oxigénio no Centro Hospitalar do arquipélago, após vários meses de ausência.
“O centro de produção de oxigénio nunca esteve paralisado, apenas reduziu a sua capacidade de produção”, afirmou Edgar Neves, em declarações a PANA no local.
Segundo o governante, o Centro tinha problemas com o compressor, uma peça que pode ser adquirida, nos Estados Unidos, onde foram comprados três, e a cooperação portuguesa prometeu oferecer o quarto.
Explicou que este tipo de compressor tem capacidade para encher as garrafas de oxigênio em tempo recorde.
No entanto, disse, a redução no fornecimento “nunca afetou por exemplo o bloco operatório que tem o sistema canalizado”.
Devido à falta de compressores, no país, o Governo viu-se obrigado a recorrer a países vizinhos como Gabão e Guiné Equatorial, para suprir a escassez do oxigénio para os doentes da covid-19.
Desde a instalação do centro de abastecimento do centro de produção de oxigénio, em 2015, pela cooperação taiwanesa, no Hospital Ayres de Menezes, o sistema nacional de saúde deixou de comprar garrafas de oxigénio ao Gabão.
Em janeiro e fevereiro, São Tomé e Príncipe registou um aumento de mortes por covid-19.
Na altura, relatos não confirmados, dentro e fora do sistema nacional de saúde, deram conta de mortes por falta de condições nos hospitais, incluindo oxigénio, o que levou o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus a visitar de emergência o Hospital Ayres de Menezes.
Desde o início da pandemia, São Tomé e Príncipe contabiliza 2.232 infetados, incluindo 34 mortes.
-0- PANA RMG/IZ 02abril2021