Agência Panafricana de Notícias

São Tomé e Príncipe reformula lei sobre branqueamento de capitais

São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Um grupo de juristas do Fundo Monetário Internacional (FMI) está a assistir São Tomé e Príncipe a uniformizar a sua lei sobre branqueamento de capitais com os padrões internacionais para retirar o arquipélago da lista negra do Grupo de Ação Financeira (GAFI), soube quinta-feira de fonte oficial a PANA em São Tomé.

Chady Khoury, consultor do FMI, disse após um encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Evaristo de Carvalho, ter recebido garantias deste de que os deputados irão trabalhar na reformulação da lei sobre branqueamento de capitais assim que ela chegar ao Parlamento.

Este perito disse à PANA que caso as autoridades santomenses cumpram com as orientações de endurecer a lei sobre branqueamento de capitais em fevereiro o arquipélago sairá da lista negra do GAFI.

Idalino Rita, coordenador da Unidade de Informação Financeira (UIF), criada em 2008 para fiscalizar as operações bancárias suspeitas nos bancos que operam na praça financeira nacional, disse que a lei sobre branqueamento de capitais ainda "é frágil e permite aos traficantes de droga lavar o seu dinheiro em São Tomé e Príncipe".

Para este jurista, a retirada de São Tomé e Príncipe da lista negra do GAFI, onde o país foi incluído desde 2007, constitui prioridade.

Entre 13 e 15 de dezembro próximo, o FMI, o GAFI e o Grupo Intergovernamental de Ação contra o Branqueamento de Capitais na África Ocidental (GIABA), do qual o arquipélago se tornou membro este ano, vão avaliar os progressos feitos por São Tomé e Príncipe.

No âmbito da luta contra os crimes financeiros, com o apoio das organizações de Bretton Wood, São Tomé e Príncipe formou funcionários de oito bancos que operam no país sobre conceitos de crimes relativos ao branqueamento de capitais.

-0- PANA RMG/TON 08Nov2012