PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Salário de deputados de transição suscita interrogações no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – O salário de um milhão e 778 mil francos CFA mensais (cerca de três mil e 200 dólares americanos) fixado para os atuais membros do Conselho Nacional da Transição (deputados), no Burkina Faso, começou a suscitar interrogações no seio das populações e dos partidos políticos.
Numa emissão interativa na televisão nacional do Burkina Faso, divulgada quinta-feira à noite, um dos membros do Conselho da Transição, Alexandre Sankara, da antiga oposição, revelou que « um deputado custa um milhão e 778 mil francos por mês ao cidadão burkinabe ».
Segundo Sankara, do antigo grupo parlamentar Liberdade-Democracia-Justiça, o salário bruto mensal de um deputado é de 753 mil francos CFA (um dólar equivale a cerca de 554 francos CFA).
A esta soma, precisou, acrescentam-se 600 mil francos CFA como despesas de sessão, ou seja, 20 mil francos CFA por dia durante 10 meses; 85 mil francos CFA como despesas de secretariado; 113 mil francos CFA para a saúde e 230 mil francos CFA para combustível.
Para Hervé Kam do « Balai Citoyen », o subsídio de sessão não deve existir além do subsídio de sujeição que se encontra integrado no salário de base. « O que incomoda no contexto atual é a falta de preocupação de exemplaridade que deveriam demonstrar os deputados da transição, eles que devem os seus cargos à revolta do povo que afrontou a morte para mais justiça social », acrescentou.
Segundo Nobila Ouédraogo, da Coligação contra o Custo de Vida, 400 ou 500 mil francos CFA teriam sido suficientes para um deputado da transição. « Eles (deputados) querem ver o seu cotidiano mudar » enquanto as populações esperam deles algo concreto.
Ele defendeu, além disso, que « as autoridades, incluindo os deputados da transição, devem trabalhar para estar a altura, ao mesmo tempo, das disposições da Carta e das aspirações do povo ».
Nas redes sociais, as reações dos internautas são numerosas.
« Sejam sérios, estes deputados chupam o sangue do povo. Salário 400 mil francos senão revolta novamente. Atenção! atenção e atenção …(…) », reagiu um internauta.
“Na minha “modesta opinião, é exagerado. Qual é a contribuição destes deputados para a riqueza nacional com vista a beneficiar de tais salários? », interrogou-se um outro internauta sob o pseudónimo de « Wuro-Yiré» antes de acrescentar que o papel dos órgãos da transição é traçar as linhas para que os que sejam democraticamente eleitos não abusem mais do povo.
Desde a destituição de Blaise Compaoré em finais de outubro, foi criado um Conselho Nacional de Transição composto por 90 membros para fazera vez de Assembleia Nacional.
-0- PANA NDT/IS/MAR/IZ 11jan2015
Numa emissão interativa na televisão nacional do Burkina Faso, divulgada quinta-feira à noite, um dos membros do Conselho da Transição, Alexandre Sankara, da antiga oposição, revelou que « um deputado custa um milhão e 778 mil francos por mês ao cidadão burkinabe ».
Segundo Sankara, do antigo grupo parlamentar Liberdade-Democracia-Justiça, o salário bruto mensal de um deputado é de 753 mil francos CFA (um dólar equivale a cerca de 554 francos CFA).
A esta soma, precisou, acrescentam-se 600 mil francos CFA como despesas de sessão, ou seja, 20 mil francos CFA por dia durante 10 meses; 85 mil francos CFA como despesas de secretariado; 113 mil francos CFA para a saúde e 230 mil francos CFA para combustível.
Para Hervé Kam do « Balai Citoyen », o subsídio de sessão não deve existir além do subsídio de sujeição que se encontra integrado no salário de base. « O que incomoda no contexto atual é a falta de preocupação de exemplaridade que deveriam demonstrar os deputados da transição, eles que devem os seus cargos à revolta do povo que afrontou a morte para mais justiça social », acrescentou.
Segundo Nobila Ouédraogo, da Coligação contra o Custo de Vida, 400 ou 500 mil francos CFA teriam sido suficientes para um deputado da transição. « Eles (deputados) querem ver o seu cotidiano mudar » enquanto as populações esperam deles algo concreto.
Ele defendeu, além disso, que « as autoridades, incluindo os deputados da transição, devem trabalhar para estar a altura, ao mesmo tempo, das disposições da Carta e das aspirações do povo ».
Nas redes sociais, as reações dos internautas são numerosas.
« Sejam sérios, estes deputados chupam o sangue do povo. Salário 400 mil francos senão revolta novamente. Atenção! atenção e atenção …(…) », reagiu um internauta.
“Na minha “modesta opinião, é exagerado. Qual é a contribuição destes deputados para a riqueza nacional com vista a beneficiar de tais salários? », interrogou-se um outro internauta sob o pseudónimo de « Wuro-Yiré» antes de acrescentar que o papel dos órgãos da transição é traçar as linhas para que os que sejam democraticamente eleitos não abusem mais do povo.
Desde a destituição de Blaise Compaoré em finais de outubro, foi criado um Conselho Nacional de Transição composto por 90 membros para fazera vez de Assembleia Nacional.
-0- PANA NDT/IS/MAR/IZ 11jan2015