PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Saadi Kadafi cúmplice de grupos armados na venda ilegal de petróleo líbio
Tripoli, Líbia (PANA) - Saadi Kadafi, filho do antigo ditator líbio Muamar Kadafi, é o cúmplice de Ibrahim Jodhrane, chefe dos grupos armados que controlam, há vários meses, os principais terminais petroleiros no leste do país, revela uma gravação vídeo divulgada segunda-feira pela Televisão Pública líbia.
Extraditado do Níger a 6 de março corrente, Saadi Kadafi explica na gravação que os seus contatos com Ibrahim Jodhrane foram estabelecidos por intermediários da região oriental em Ajdabia, onde reside Jodhrane, e em Sirtes (centro).
Segundo ele, os arranjos entre os dois concerniam aos laços com a província de Sirtes, bastião de Muamar Kadafi, e onde se encontra a sua tribo "al-Gadadfa", bem como à província de Berga (Cyrenaïque) com base numa aliança para levar a cabo a "resistência" contra o poder central de Tripoli.
Saadi Kadafi indica, ainda no mesmo suporte magnético, donde nomes foram tirados por ordem do Procurador, que Brahim Jodhrane levou a cabo negociações com partidários de Muamar Kadafi para cooperar na comercialização do petróleo bruto a partir dos portos petroleiros controlados por homens de Jodhrane.
Os rendimentos tirados do crude deviam servir para a aquisição de armas, segundo as relevações de Saadi Kadafi.
Personalidades ocidentais apoiavam o regresso do federalismo e, quiçá, uma divisão do país, sublinhou Saadi Kadafi repatriado do Níger, onde se refugiara pouco antes da destituição do regime do seu pai em agosto de 2011 apois 42 anos de poder absoluto.
A difusão deste vídeo, adiada por ordem do Procurador, intervém depois da libertação de três Líbios armados que estavam a bordo do navio petroleiro Sul-coreano "Morning Glory" que carregou há três semanas o petróleo bruto ilícito.
A apreensão de Morning Glory é considerada como um passo para a resolução da crise petroleira na Líbia que remonta a julho de 2013.
Salah Leteiwich, chefe da tribo al-Magharba, a que pertence Ibrahim Jodhrane, anunciou segunda-feira à noite um acordo iminente que pode resolver a crise dos terminais petroleiros na Líbia.
Saadi Kadafi apresentou a 27 de março numa gravação vídeo as suas desculpas ao povo líbio, reconhecendo a sua implicação nos atos de desestabilização do país e advogando a reconciliação nacional e o perdão.
As primeiras confissões de Saadi Muamar Kadafi revelam a implicação dos apoiantes do antigo regime nas tentativas de venda ilícita do petróleo bruto líbio para adquirirem fundos com vista a comprar armas, conforme anunciou a 20 de março corrente o vice-ministro líbio da Defesa, Khaled Chérif.
Grupos armados cercam desde julho de 2013 três principais portos no leste da Líbia, designadamente al-Sedra, Zueitina e Ras Lanouf, com capacide para 600 mil barris por dia.
Eles reclamam nomeadamente pela instauração do sistema federal e por dividendos para a sua região nos rendimentos petrolíferos.
As novas autoridades lançaram-lhes um últimato de duas semanas para darem uma oportunidade a mediação para encontrar uma solução pacífica.
-0- PANA BY/JSG/MAR/DD 01abr2014
Extraditado do Níger a 6 de março corrente, Saadi Kadafi explica na gravação que os seus contatos com Ibrahim Jodhrane foram estabelecidos por intermediários da região oriental em Ajdabia, onde reside Jodhrane, e em Sirtes (centro).
Segundo ele, os arranjos entre os dois concerniam aos laços com a província de Sirtes, bastião de Muamar Kadafi, e onde se encontra a sua tribo "al-Gadadfa", bem como à província de Berga (Cyrenaïque) com base numa aliança para levar a cabo a "resistência" contra o poder central de Tripoli.
Saadi Kadafi indica, ainda no mesmo suporte magnético, donde nomes foram tirados por ordem do Procurador, que Brahim Jodhrane levou a cabo negociações com partidários de Muamar Kadafi para cooperar na comercialização do petróleo bruto a partir dos portos petroleiros controlados por homens de Jodhrane.
Os rendimentos tirados do crude deviam servir para a aquisição de armas, segundo as relevações de Saadi Kadafi.
Personalidades ocidentais apoiavam o regresso do federalismo e, quiçá, uma divisão do país, sublinhou Saadi Kadafi repatriado do Níger, onde se refugiara pouco antes da destituição do regime do seu pai em agosto de 2011 apois 42 anos de poder absoluto.
A difusão deste vídeo, adiada por ordem do Procurador, intervém depois da libertação de três Líbios armados que estavam a bordo do navio petroleiro Sul-coreano "Morning Glory" que carregou há três semanas o petróleo bruto ilícito.
A apreensão de Morning Glory é considerada como um passo para a resolução da crise petroleira na Líbia que remonta a julho de 2013.
Salah Leteiwich, chefe da tribo al-Magharba, a que pertence Ibrahim Jodhrane, anunciou segunda-feira à noite um acordo iminente que pode resolver a crise dos terminais petroleiros na Líbia.
Saadi Kadafi apresentou a 27 de março numa gravação vídeo as suas desculpas ao povo líbio, reconhecendo a sua implicação nos atos de desestabilização do país e advogando a reconciliação nacional e o perdão.
As primeiras confissões de Saadi Muamar Kadafi revelam a implicação dos apoiantes do antigo regime nas tentativas de venda ilícita do petróleo bruto líbio para adquirirem fundos com vista a comprar armas, conforme anunciou a 20 de março corrente o vice-ministro líbio da Defesa, Khaled Chérif.
Grupos armados cercam desde julho de 2013 três principais portos no leste da Líbia, designadamente al-Sedra, Zueitina e Ras Lanouf, com capacide para 600 mil barris por dia.
Eles reclamam nomeadamente pela instauração do sistema federal e por dividendos para a sua região nos rendimentos petrolíferos.
As novas autoridades lançaram-lhes um últimato de duas semanas para darem uma oportunidade a mediação para encontrar uma solução pacífica.
-0- PANA BY/JSG/MAR/DD 01abr2014