Agência Panafricana de Notícias

SG da AFRAA aponta desafios dos transportes aéreos em África

Abidjan- Côte d'Ivoire (PANA) -- O secretário-geral da Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA), Christian Folly Kossi, citou durante uma conferência de emprensa, sexta-feira em Abidjan, as razões da ruína dos transportes aéreos na África Ocidental e Central.
Ele considerou este espaço geográfico como "região mais deprimida" do continente, e apontou pistas para relançar uma actividade que registou "horas de glória" nos anos 1960 e 70.
Ao explicar as dificuldades do momento, o SG da AFRAA apontou em primeiro lugar a "globalização, questionando as regras de equilíbrio e reciprocidade que protegiam as companhias aéreas do sul".
"O resultado é um céu africano completamente dominado pelas companhias do norte com 95 por cento do trâfego, contra apenas 5 por cento para as da sub- região", lamentou.
Abordando as razões endógenas da ruína, Folly Kossi evocou "a dimensão muito pouca" das companhias da sub-região.
Para ultrapassar estes obstáculos, recomenda "uma ruptura com a opção nacional, que não seja boa.
É preciso necessariamente recapitalizar companhias existentes e abrir o capital aos investidores da sub-região, associando parceiros estratégicos susceptíveis de alargar a frota e a rede".
A AFRAA "deseja naturalmente que estes parceiros sejam grandes companhias africanas", indicou.
Como exemplos de novos agrupamentos, citou a ASKY/ET, a Air CEMAC, e lamentou a série de falências registadas nestes últimos 10 anos na África Ocidental e Central, aludindo nomeadamente à Air Mauritanie, à Air Senegal International, à Air Gabon e à Air Cameroun.
Especialiste da economia do transporte aéreo, antigo quadro superior da extinta companhia multinacional Air Afrique, Christian Folly Kossi é desde 2000 secretário-geral da Associação das Companhias Africanas (AFRAA).