SEMAFO condiciona regresso ao Burkina Faso a garantias de segurança
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – A companhia mineira canadiana SEMAFO, que perdeu trabalhadores num recente ataque armado contra um cortejo da empresa que matou 39 pessoas, exortou segunda-feira as autoridades burkinabes a tomarem medidas de segurança antes da retomada das suas atividades.
"Não podemos falar de deixar o Burkina Faso. Estamos no país há longos anos. A SEMAFO está em produção aqui desde 2008 com a sua mina de Mana.
"Hoje, o nosso desejo e o nosso objetivo é retomar as operações, mas não podemos fazê-lo, se não estamos em segurança”, declarou o diretor-geral da SEMAFO INC (Sociedade de Exploração Mineira na África Ocidental), Benoit Desormeaux.
Benoit Desormeaux, que foi recebido pelo primeiro-ministro burkinabe, Christophe Joseph Marie Dabiré, sublinhou que as operações da mina atualmente são secundárias.
"Queremos garantiras de que todo o nosso pessoal está em segurança", declarou no fim da audiência, notando que os trabalhadores sobreviventes da mina de ouro de Boungou estão a ser evacuados e as operações estão atualmente paradas.
Segundo o novo balanço, das 240 pessoas (trabalhadores e fornecedores) transportadas pelo cortejo dos cinco carros, 39 entre morreram, cerca de 60 ficaram feridas enquanto uma é dada como desaparecida.
O balanço oficial fornecido pelas autoridades dava conta de 38 mortos.
Durante a audiência com o primeiro-ministro, Desormeaux fez-se acompanhar do presidente do Conselho de Administração da SEMAFO/Burkina Faso, Elie Justin Ouédraogo, e da embaixadora do Canadá no Burkina Faso, Caro McQueen.
Com a sua sede social em Montreal, no Canadá, a SEMAFO explora a mina de ouro de Mana, a terceira maior mina de ouro no Burkina Faso.
Desde 2018, a mina de Boungou (leste) entrou em exploração e uma terceira está em construção.
-0- PANA TNDD/IS/MAR/IZ 12nov2019