PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rwanda denuncia responsabilidade de "atores estrangeiros" no genocídio de 1994
Kigali, Rwanda (PANA) – O chefe de Estado rwandês, Paul Kagamé, voltou a denunciar segunda-feira a responsabilidade de "alguns atores estrangeiros" pelo genocídio dos Tutsis no seu país em 1994, numa alusão aparente à França.
Em ocasiões anteriores, o Presidente rwandês acusou expressamente França de participação ativa na tragédia em que mais de um milhão de pessoas, essencialmente da comunidade Tutsi, foram massacradas.
"Afinal, os factos são teimosos, pois o povo [rwandês] não pode aceitar ser corrompido ou forçado a mudar a sua história", sustentou Kagamé, que falava durante a cerimónia do 20º aniversário do genocídio perpetrado contra os Tutsis entre abril e julho de 1994.
As declarações do chefe de Estado rwandês surgem depois de França anunciar à última hora ter anulado o envio da sua delegação oficial àquela cerimónia.
Contrariamente à Bélgica ou aos Estados Unidos, França, cujas relações com o Rwanda nunca se normalizaram desde 1994, sempre se recusou a exprimir "um arrependimento público" pela sua alegada responsabilidade no genocídio rwandês.
"Quando se fala de responsabilidade [no genocídio] de alguns atores estrangeiros, estes últimos deveriam antes estar à altura de reconhecer o seu erro", sublinhou Kagamé no seu discurso proferido na língua nacional Kinyarwanda com tradução em inglês.
Num relatório oficial divulgado em 2008 pela Comissão de Inquérito sobre o papel de França no genocídio de 1994, o Rwanda apontou a responsabilidade de 33 dignitários franceses no genocídio de 1994.
Entre os altos responsáveis políticos e militares franceses mencionados no documento figuram o então chefe de Estado, François Mitterrand (falecido em janeiro de 1996), o seu ex-primeiro-ministro, Edouard Balladur, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, e ainda o ex-secretário-geral do Eliseu (Presidência), Hubert Védrine.
-0- PANA TWA/BEH/IBA/CJB/IZ 07abril2014
Em ocasiões anteriores, o Presidente rwandês acusou expressamente França de participação ativa na tragédia em que mais de um milhão de pessoas, essencialmente da comunidade Tutsi, foram massacradas.
"Afinal, os factos são teimosos, pois o povo [rwandês] não pode aceitar ser corrompido ou forçado a mudar a sua história", sustentou Kagamé, que falava durante a cerimónia do 20º aniversário do genocídio perpetrado contra os Tutsis entre abril e julho de 1994.
As declarações do chefe de Estado rwandês surgem depois de França anunciar à última hora ter anulado o envio da sua delegação oficial àquela cerimónia.
Contrariamente à Bélgica ou aos Estados Unidos, França, cujas relações com o Rwanda nunca se normalizaram desde 1994, sempre se recusou a exprimir "um arrependimento público" pela sua alegada responsabilidade no genocídio rwandês.
"Quando se fala de responsabilidade [no genocídio] de alguns atores estrangeiros, estes últimos deveriam antes estar à altura de reconhecer o seu erro", sublinhou Kagamé no seu discurso proferido na língua nacional Kinyarwanda com tradução em inglês.
Num relatório oficial divulgado em 2008 pela Comissão de Inquérito sobre o papel de França no genocídio de 1994, o Rwanda apontou a responsabilidade de 33 dignitários franceses no genocídio de 1994.
Entre os altos responsáveis políticos e militares franceses mencionados no documento figuram o então chefe de Estado, François Mitterrand (falecido em janeiro de 1996), o seu ex-primeiro-ministro, Edouard Balladur, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, e ainda o ex-secretário-geral do Eliseu (Presidência), Hubert Védrine.
-0- PANA TWA/BEH/IBA/CJB/IZ 07abril2014