Agência Panafricana de Notícias

Rússia desmente descoberta em Cabo Verde de navio desaparecido

Praia- Cabo Verde (PANA) -- A Embaixada da Federação Russa em Cabo Verde negou a descoberta do navio russo "Arctic Sea", desaparecido desde finais de Julho, a 400 milhas da ilha cabo-verdiana de São Vicente, soube sexta-feira a PANA de fonte diplomática na Praia.
O embaixador russo na Praia, Alexandre Karpuchin, disse que as autoridades militares cabo-verdianas desmentiram as informações sobre a descoberta dum navio semelhante ao "Arctic Sea" próximo de Cabo Verde.
Anteriormente, Alexandre Karpuchin tinha revelado que navios da Armada Russa tinham sido autorizados a proceder às operações de busca e salvamento do cargueiro russo "Arctic Sea", ao largo de Cabo Verde, porque o navio se encontra fora das águas territoriais do arquipélago.
O diplomata revelou que as buscas para reencontrar o cargueiro prosseguem com recurso a navios e submarinos russos, bem como a satélites e outros meios de detecção, sem, contudo, precisar a zona onde estão a ser efectuadas as buscas.
O desaparecimento do cargueiro russo, que era esperado na Argélia a 4 de Agosto com um carregamento de madeira finlandesa avaliado em 1,3 milhão de euros, permanece um mistério que as autoridades russas e de outros países estão a tentar desvendar.
As buscas para encontrar o cargueiro intensificaram-se desde quarta- feira passada quando o Presidente russo, Dmitri Medvedev, determinou que fossem tomadas "todas as medidas necessárias para encontrar e, se necessário, libertar" o navio e a sua tripulação.
De acordo com a Interpol, o "Arctic Sea" foi abordado em 24 de Julho no Mar Báltico por homens mascarados, que terão permanecido a bordo durante algumas horas, tendo contactado a guarda costeira do sul de Inglaterra em 28 de Julho.
Uma fonte da Comissão Europeia indicou sexta-feira que o cargueiro teria sido alvo de dois ataques, o último dos quais ao largo de Portugal, uma informação que, no entanto, uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros português desmentiu, sublinhando que o navio "nunca passou por águas territoriais portuguesas".