PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rumo de milhares de meninas raptadas no nordeste da Nigéria fica desconhecido
Abuja, Nigéria (PANA) – O rumo das 219 alunas de Chibok, nordeste da Nigéria, raptadas, há dois anos, é uma situação que preocupa ainda as comunidades desta região do nordeste da país abalado por conflitos, advertiu um alto responsável das Nações Unidas.
Haveria perto de sete mil mulheres e meninas tomadas como reféns e usadas como escravas sexuais, de acordo com a fonte.
"Agências humanitárias preocupam-se com a falta de esclarecimentos, dois anos depois, não
sobre o rumo das meninas de Chibok e das numerosas outras mulheres e meninas sequestradas ao mesmo tempo", declarou quinta-feira Fatma Samoura, coordenadora humanitária para a Nigéria.
Um comunicado das Nações Unidas revela que, nas garras dos raptores, estas vítimas são recrutadas para fins militares e casadas a força, outras são escravas sexuais, violadas e usadas para levar bombas.
"Entre dois mil e sete mil mulheres e meninas são vítimas de raptos e de escravatura sexual », declarou Jean Gough, representante-residente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
As mulheres e meninas que escaparam a Boko Haram contaram ter sido submetido a um programa de treino sistemático para aprenderem a explodir-se. 85 porcento dos atentados suicidas foram cometidos por mulheres em 2014 na Nigéria, segundo o UNICEF.
Segundo a imprensa, em maio de 2015, crianças foram usadas para perpetrar três quartos de todos os ataques suicidas na Nigéria desde 2014 e a maioria destes kamikazes foram objeto duma lavagem de cérebro ou agiram constrangidos.
Enquanto o Exército nigeriano retoma territórios a Boko Haram, algumas mulheres e meninas raptadas são encontradas mas, além do traumatismo horrível da violência sexual a que foram sujeitas durante o seu rapto, a maioria dentre elas estão a ser rejeitadas pelas suas famílias e pelas suas comunidades, devido à sua associação ao Boko Haram.
"Tu es uma mulher de Boko Haram, não se aproxima de nos!", se queixava uma menina, a semelhança de outras que merecem ser verdadeiramente reinseridas na sociedade para reconstruírem as suas vidas.
A ONU sublinha que as crianças sofrem de maneira disproporcionada deste conflito e que o rapto das meninas não é um incidente isolado.
Em novembro de 2014, 300 crianças levadas duma escola em Damasak, no Estado de Borno, no nordeste do país, nunca foram encontradas, indica-se.
Um relatório do UNICEF divulgado, no início desta semana, afirma que um milhão e 300 mil crianças foram deslocadas pelo conflito na Bacia do Lago Tchad, das quais cerca de um milhão na Nigéria.
Em consequência disto, Human Rights Watch (organização de defesa dos direitos humanos) assinalou que um milhão de crianças já não têm acesso à educação.
"As meninas de Chibok raptadas tornaram-se num simbolo para cada menina desaparecida nas mãos de Boko Haram e cada menina que exerce o seu direito à educação", declarou Munir Safieldin, coordenador humanitário adjunto para a Nigéria.
A ONU considera que o Governo nigeriano e a comunidade internacional devem ainda fazer mais para preservar estes seres humanos dos horrores suportados por outros. Escolas seguras são um bom início, mas são precisas igualmente estradas e casas seguras.
-0- PANA MA/FJG/JSG/MAR/DD 15abril2016
Haveria perto de sete mil mulheres e meninas tomadas como reféns e usadas como escravas sexuais, de acordo com a fonte.
"Agências humanitárias preocupam-se com a falta de esclarecimentos, dois anos depois, não
sobre o rumo das meninas de Chibok e das numerosas outras mulheres e meninas sequestradas ao mesmo tempo", declarou quinta-feira Fatma Samoura, coordenadora humanitária para a Nigéria.
Um comunicado das Nações Unidas revela que, nas garras dos raptores, estas vítimas são recrutadas para fins militares e casadas a força, outras são escravas sexuais, violadas e usadas para levar bombas.
"Entre dois mil e sete mil mulheres e meninas são vítimas de raptos e de escravatura sexual », declarou Jean Gough, representante-residente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
As mulheres e meninas que escaparam a Boko Haram contaram ter sido submetido a um programa de treino sistemático para aprenderem a explodir-se. 85 porcento dos atentados suicidas foram cometidos por mulheres em 2014 na Nigéria, segundo o UNICEF.
Segundo a imprensa, em maio de 2015, crianças foram usadas para perpetrar três quartos de todos os ataques suicidas na Nigéria desde 2014 e a maioria destes kamikazes foram objeto duma lavagem de cérebro ou agiram constrangidos.
Enquanto o Exército nigeriano retoma territórios a Boko Haram, algumas mulheres e meninas raptadas são encontradas mas, além do traumatismo horrível da violência sexual a que foram sujeitas durante o seu rapto, a maioria dentre elas estão a ser rejeitadas pelas suas famílias e pelas suas comunidades, devido à sua associação ao Boko Haram.
"Tu es uma mulher de Boko Haram, não se aproxima de nos!", se queixava uma menina, a semelhança de outras que merecem ser verdadeiramente reinseridas na sociedade para reconstruírem as suas vidas.
A ONU sublinha que as crianças sofrem de maneira disproporcionada deste conflito e que o rapto das meninas não é um incidente isolado.
Em novembro de 2014, 300 crianças levadas duma escola em Damasak, no Estado de Borno, no nordeste do país, nunca foram encontradas, indica-se.
Um relatório do UNICEF divulgado, no início desta semana, afirma que um milhão e 300 mil crianças foram deslocadas pelo conflito na Bacia do Lago Tchad, das quais cerca de um milhão na Nigéria.
Em consequência disto, Human Rights Watch (organização de defesa dos direitos humanos) assinalou que um milhão de crianças já não têm acesso à educação.
"As meninas de Chibok raptadas tornaram-se num simbolo para cada menina desaparecida nas mãos de Boko Haram e cada menina que exerce o seu direito à educação", declarou Munir Safieldin, coordenador humanitário adjunto para a Nigéria.
A ONU considera que o Governo nigeriano e a comunidade internacional devem ainda fazer mais para preservar estes seres humanos dos horrores suportados por outros. Escolas seguras são um bom início, mas são precisas igualmente estradas e casas seguras.
-0- PANA MA/FJG/JSG/MAR/DD 15abril2016