PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Roubos de eletricidade em África custam cerca de $ dois biliões por ano, diz relatório
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) – Os custos das fraudes ligadas ao consumo da enegia elétrica em África cifram-se em cerca de dois biliões de dólares americanos por ano, indica um relatório de 2016 do Painel do Progresso em África (APP, sigla em inglês).
Publicado segunda-feira última em Abidjan sob o lema "Luz, Potência e Ação", o relatório identifica nomeadamente faturas de eletricidade não pagas, que representam mais da metade de roubos, ligações ilegais, modificações fraudulentas de contadores e o curto-circuito a nível de contadores.
Estas fraudes consistem num consumo substancial por indivíduos e organizações com meios de pagar, na incapacidade de certas pessoas pobres de pagarem e na falta de confiança entre clientes e fornecedores de eletridade.
O relatório menciona ainda o impacto destes roubos e as consequentes perdas, nomeadamente a redução das receitas de empresas de serviço público já confrontadas com enormes dificuldades financeiras.
Esta situação gera não só a diminuição de investimentos consagrados à melhoria do sistema de distribuição, mas também o aumento dos custos de eletricidade para clientes pagantes.
No Uganda, referiu-se o documento, a sociedade de eletricidade Umeme perde 30 milhões de dólares americanos por ano devido a este flagelo.
Citada no relatório, a Companhia de Distribuição de Port Harcourt, na Nigéria, considera que 60 porcento dos seus clientes, sobretudo aqueles equipados de contadores pré-pagos, não pagam suas faturas de eletricidade.
No Quénia também, revelou a fonte, a principal sociedade de distribuição de eletricidade sofreu baixas no segundo semestre de 2015, nomeadamente 20 porcento da sua capacidade de produção, ou seja 900 GWh, avaliadas em cerca de 100 milhões de dólares americanos.
Na África do Sul, a empresa Eskom perdeu mais de 350 milhões de dólares americanos, de 2015 a 2016, pelas mesmas causas.
Por outro lado, o relatório propõe como meios para se lutar contra estas perdas financeiras a utilização de dispositivos técnicos como o sistema Kamata, em uso no Uganda, que deteta qualquer tentativa de modulação fraudulenta do contador.
Também sugeriu a celebração de contratos de gestão em alguns países e mudanças sistémicas através da reestruturação do setor da energia, o estabelecimento duma relação de confiança com a clientela e a educação cívica dos consumidores para uma mudança de comportamento.
-0- PANA BAL/TBM/SOC/DD 14mar2017
Publicado segunda-feira última em Abidjan sob o lema "Luz, Potência e Ação", o relatório identifica nomeadamente faturas de eletricidade não pagas, que representam mais da metade de roubos, ligações ilegais, modificações fraudulentas de contadores e o curto-circuito a nível de contadores.
Estas fraudes consistem num consumo substancial por indivíduos e organizações com meios de pagar, na incapacidade de certas pessoas pobres de pagarem e na falta de confiança entre clientes e fornecedores de eletridade.
O relatório menciona ainda o impacto destes roubos e as consequentes perdas, nomeadamente a redução das receitas de empresas de serviço público já confrontadas com enormes dificuldades financeiras.
Esta situação gera não só a diminuição de investimentos consagrados à melhoria do sistema de distribuição, mas também o aumento dos custos de eletricidade para clientes pagantes.
No Uganda, referiu-se o documento, a sociedade de eletricidade Umeme perde 30 milhões de dólares americanos por ano devido a este flagelo.
Citada no relatório, a Companhia de Distribuição de Port Harcourt, na Nigéria, considera que 60 porcento dos seus clientes, sobretudo aqueles equipados de contadores pré-pagos, não pagam suas faturas de eletricidade.
No Quénia também, revelou a fonte, a principal sociedade de distribuição de eletricidade sofreu baixas no segundo semestre de 2015, nomeadamente 20 porcento da sua capacidade de produção, ou seja 900 GWh, avaliadas em cerca de 100 milhões de dólares americanos.
Na África do Sul, a empresa Eskom perdeu mais de 350 milhões de dólares americanos, de 2015 a 2016, pelas mesmas causas.
Por outro lado, o relatório propõe como meios para se lutar contra estas perdas financeiras a utilização de dispositivos técnicos como o sistema Kamata, em uso no Uganda, que deteta qualquer tentativa de modulação fraudulenta do contador.
Também sugeriu a celebração de contratos de gestão em alguns países e mudanças sistémicas através da reestruturação do setor da energia, o estabelecimento duma relação de confiança com a clientela e a educação cívica dos consumidores para uma mudança de comportamento.
-0- PANA BAL/TBM/SOC/DD 14mar2017