Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – Os restos mortais do herói sul-africano da libertação, Patrick Mvundla, foram reinumados em Soweto, 31 anos após o seu assassinato ordenado pelo governo da era de Apartheid.
Detido em 1976 durante os motins de Soweto, Mvundla deixou o seu país, a África do Sul, em 1979, para se juntar à ala armada do Congresso Nacional Africano (ANC), no exílio.
Depois de efetuar uma formação militar, ele foi desdobrado no Botswana onde foi nomeado comandante regional da ala armada do ANC, em 1985.
Em março de 1988, elementos armados pertencentes ao Exército sul-africano assaltaram o seu domicílio em Gaborone, capital tswanesa, no meio da noite, e abateram-no a tiro com três dos seus amigos oriundos do Botswana.
"A casa e os seus corpos sem vida foram depois queimados", lembra um dos seus camaradas, Vuyani Hatto, que conseguiu escapar.
Mvundla e os três outros cidadãos tswaneses (Martha Madisa, Masego Ketshabile e Thankie Seokamo) foram sepultados a 16 de abril de 1988, em Gaborone.
Os restos mortais do herói da libertação sul-africana foram exumados, em julho último, por uma delegação do Governo sul-africano para efeitos de uma autópsia cujas conclusões revelaram que ele foi atingido por cinco balas que perfuraram a pelve e o peito, antes de o corpo sem vida ser queimado.
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