Restos mortais de Etienne Tshisekedi esperados em Kinshasa
Bruxela , Bélgica (PANA) – Os restos mortais do opositor histórico da República Democrática do Congo (RDC), Etienne Tshisekedi, falecido a 1 de fevereiro de 2017 em Bruxelas, serão repatriados a 30 de maio corrente para Kinshasa, a capital congolesa, anunciou à imprensa o seu irmão, Medar Mulumba, dignitário da Igreja católica no seu país.
O regime do Presidente cessante da RDC, Joseph Kabila, opôs-se, de maneira categórica ao regresso dos restos mortais daquele que foi considerado como o pai da democracia congolesa.
O então governador de Kinshasa, André Kimbuta, opôs-se a que o corpo de Etienne Tshisekedi fosse inumado na sede do partido fundado por ele, a União para a Democracia e Progresso Social (UDPS), alegando que uma sepultura não se pode encontrar em pleno bairro habitado.
No entanto, Kimbuta propôs que Tshisekedi pai fosse sepultado no cemitério de Gombe, no centro da cidade de Kinshasa.
Mas as obras de construção da sepultura foram abandonadas quer pela família biológica quer pela família política da UDPS que se opunha a isto.
Finalmente, a família de Etienne Tshisekedi adquiriu um espaço quadrado em N’Selé, longíqua periferia de Kinshasa, onde um mausoléu acaba de ser construído para acolher o corpo sem vida do opositor histórico da RD Congo, a 1 de junho próximo.
Antes disto, uma cerimónia de homenagem ao fundador da UDPS ocorrerá no Estádio dos Mártires, na cidade capital congolesa.
O regresso dos restos morais de Etienne Tshisekedi representa um verdadeiro desafio de segurança.
São previsíveis cenários de histeria coletiva ao longo do percurso, ou seja 20 quilómetros, a partir do aeroporto de Ndjili de Kinshasa até ao Estádio dos Mártires, no centro da cidade capital que tem pelo menos 15 milhões de habitantes.
Daí para o cemitério de N’Selé, prevêem-se atos similares.
-0- PANA AK/JSG/FK/DD 22maio2019