PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Resposta do G-20 à epidemia de Ébola é muito dececionante, segundo diretora da Oxfam
Dar es Salaam, Tanzânia (PANA) – A diretora executiva da Oxfam International, Winnie Byanyima, criticou a resposta do G-20 à doença do vírus do Ébola que abala a África Ocidental, considerando-a “perigosamente inadequada”.
A cimeira dos líderes do G-20 foi encerrada domingo último em Brisbana, na Austrália, com um comunicado que alguns observadores consideram como positivo, mas um pouco dececionante.
“Os líderes do G-20 reconheceram as consequências a curto e longo prazos do vírus do Ébola, mas eles não assumiram novos compromissos para responder à crise. Corremos o risco de não estar em condições de alcançar o objetivo das Nações Unidas que visa inverter a tendência do vírus do Ébola antes de 1 de dezembro próximo”, disse Byanyima.
"Os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia (UE), o Canadá, a China e a Alemanha demonstraram uma certa liderança na questão, mas no conjunto a resposta do G-20 a esta crise é muito dececionante », afirmou.
Relativa à desigualdade e ao crescimento inclusivo, Byanyima nota que « as desigualdades extremas continuam a aumentar no mundo, incluindo no seio dos países do G-20”.
« Enquanto há doravante um consenso mundial no facto de que as desigualdades são nefastas para o crescimento, a luta contra as desigualdades deve estar no centro do plano do G-20 para relançar o Produto Interno Bruto (PIB) dos seus membros », sublinhou.
« Apesar de saudarmos o compromisso contínuo do G-20 a favor do crescimento inclusivo e sustentável, este deve ser acompanhado de medidas concretas para garantir que os 40 porcento dos mais pobres beneficiem cada vez mais dele do que os 10 porcento mais ricos », conclui Byanyima.
Sobre a reforma fiscal, a Cimeira do G-20 comprometeu-se a lutar contra a evasão fiscal das multinacionais e a responsável da Oxfam acolheu este compromisso com satisfação, mas, segundo ela, « a proposta atualmente na mesa não bastará para impedir os países pobres de esgotar os seus recursos vitais ».
Apesar dos esforços da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a maioria dos países em desenvolvimento está excluído do processo de decisão sobre as questões fiscais mundiais.
“Luxemburgo, paraíso fiscal notável, participa nas negociações sobre a reforma das regras fiscais mundiais, mas a Serra Leoa, onde o vírus do Ébola foi registado e onde seis empresas multinacionais beneficiam de isenções ficais equivalentes a oito vezes o orçamento da saúde, está excluído desde programa. Isto é totalmente injusto », a diretora executiva da Oxfam Internacional.
« A Oxfam apela agora para a organização duma cimeira fiscal mundial, onde todos os países participarão de forma equitativa para determinar regras equitativas para todos em matéria de fiscalidade », indicou Byanyima.
-0- PANA AR/SEG/NFB/JSG/FK/TON 17nov2014
A cimeira dos líderes do G-20 foi encerrada domingo último em Brisbana, na Austrália, com um comunicado que alguns observadores consideram como positivo, mas um pouco dececionante.
“Os líderes do G-20 reconheceram as consequências a curto e longo prazos do vírus do Ébola, mas eles não assumiram novos compromissos para responder à crise. Corremos o risco de não estar em condições de alcançar o objetivo das Nações Unidas que visa inverter a tendência do vírus do Ébola antes de 1 de dezembro próximo”, disse Byanyima.
"Os Estados Unidos, o Reino Unido, a União Europeia (UE), o Canadá, a China e a Alemanha demonstraram uma certa liderança na questão, mas no conjunto a resposta do G-20 a esta crise é muito dececionante », afirmou.
Relativa à desigualdade e ao crescimento inclusivo, Byanyima nota que « as desigualdades extremas continuam a aumentar no mundo, incluindo no seio dos países do G-20”.
« Enquanto há doravante um consenso mundial no facto de que as desigualdades são nefastas para o crescimento, a luta contra as desigualdades deve estar no centro do plano do G-20 para relançar o Produto Interno Bruto (PIB) dos seus membros », sublinhou.
« Apesar de saudarmos o compromisso contínuo do G-20 a favor do crescimento inclusivo e sustentável, este deve ser acompanhado de medidas concretas para garantir que os 40 porcento dos mais pobres beneficiem cada vez mais dele do que os 10 porcento mais ricos », conclui Byanyima.
Sobre a reforma fiscal, a Cimeira do G-20 comprometeu-se a lutar contra a evasão fiscal das multinacionais e a responsável da Oxfam acolheu este compromisso com satisfação, mas, segundo ela, « a proposta atualmente na mesa não bastará para impedir os países pobres de esgotar os seus recursos vitais ».
Apesar dos esforços da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a maioria dos países em desenvolvimento está excluído do processo de decisão sobre as questões fiscais mundiais.
“Luxemburgo, paraíso fiscal notável, participa nas negociações sobre a reforma das regras fiscais mundiais, mas a Serra Leoa, onde o vírus do Ébola foi registado e onde seis empresas multinacionais beneficiam de isenções ficais equivalentes a oito vezes o orçamento da saúde, está excluído desde programa. Isto é totalmente injusto », a diretora executiva da Oxfam Internacional.
« A Oxfam apela agora para a organização duma cimeira fiscal mundial, onde todos os países participarão de forma equitativa para determinar regras equitativas para todos em matéria de fiscalidade », indicou Byanyima.
-0- PANA AR/SEG/NFB/JSG/FK/TON 17nov2014