Agência Panafricana de Notícias

Responsável onusina advoga mais esforços para resolver problemas de mudança climática

Cancun, Mêxico (PANA) – A secretária executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança Climática (CCNUCC), Christiana Figueres, convidou quinta-feira em Cancum todos os intervenientes nas negociações sobre a mudança climática que decorrem nessa cidade mexicana, a redobrarem de esforços para encontrar soluções.

As questões pendentes desde o início das negociações a 29 de Novembro último são a prorrogação do Protocolo de Quioto para evitar um vazio para além de 2012, o consenso sobre o modo de aplicar as propostas de limitação dos efeitos da mudança climática feitas este ano e a criação dum fundo para financiamentos a longo prazo, indicou Figueres.

Ela disse ter visto que os intervenientes não pouparam esforços para encontrar uma solução equilibrada, mas ressaltou que ainda há muita coisa por fazer em Cancun.

"Apelo a todas as partes para redobrarem de esforços usando meios inventivos a fim de encontrar soluções e para fazerem tudo a fim de que as negociações sejam bem sucedidas", disse a secretária executiva da CCNUCC.

"Em Cancun, vejo os intervenientes continuar a fazer tudo para encontrar soluções equilibradas que deverão constituir a próxima etapa significativa na progressão para uma solução global para o problema da mudança climática", regozijou-se.

Ela afirmou que a presidência mexicana da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas desencadeou um processo transparente totalmente inclusivo e que todos os países estão livres de decidir participar e juntar-se ao pedido duma ação equilibrada e garantida de sucesso.

Porém, o ministro japonês do Ambiente, Rvu Matsumoto, reafirmou a posição do seu Governo que é a de não se associar ao segundo período de compromisso no quadro do Protocolo de Quioto.

Matsumoto, no seu discurso durante a sessão plenária, disse que o Protocolo que apenas cobre 27 porcento das emissões mundiais de gás com efeito de estufa, não resolverá os riscos ligados à mudança climática a nível mundial sem a participação de todas as grandes economias do mundo.

"O Japão receia que um segundo período de compromisso do Protocolo de Quioto tenha como efeito perpetuar um quadro com participação limitada e interromper o impulso de construção dum quadro legal efetivo com a participação de todas as grandes economias do mundo", indicou o ministro nipónico.

Ele acrescentou que o novo quadro internacional deve ser estabelecido com base no Acordo de Copenhague, pois, disse, este último vincula os países que representam mais de 80 porcento das emissões de gás ligadas à exploração energética mundial.

O Japão comprometeu-se a reduzir para 25 porcento os gazes com efeito de estufa em relação aos níveis dos anos 90 no âmbito do Acordo de Copenhague, indica-se..

-0- PANA MM/SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/DD 10Dez2010