PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Responsáveis onusinos interpelam Sudaneses sobre referendo
Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- Altos responsáveis onusinos declararam segunda-feira que os próximos meses "serão cruciais" para o Sudão, que se preparava para organizar dois referendos sobre autodeterminação em Janeiro próximo.
Eles convidaram igualmente todas as partes a fazer esforços para garantir que as eleições sejam organizadas a tempo, livres, justas e credíveis.
"Este processo de paz é unico na história do Sudão e os próximos meses serão cruciais para a salvaguarda do que foi realizado desde a assinatura do Acordo de Paz Global ", declarou o Secretário-Geral, Ban Ki-Moon, no seu último relatório sobre o Sudão ao Conselho de Segurança.
Ele indicou que com a aproximação do prazo fixado no quadro do Acordo de Paz GLobal para a organização dos referendos, "crescem as esperanças e as inquietações do público", insistindo que os eventos dos três próximos meses "terão um profundo impacto no futuro do Sudão".
Ele sublinhou que as implicações "são incontestavelmente amplas" e que a não organização dos referendos na data fixada pelo Acordo de Paz Global "poderá ter graves consequências".
"Apesar dos progressos feitos até agora, é imperioso que as partes do acordo e todas as autoridades interessadas se esforcem por respeitar os prazos".
O Secretário-Geral sublinhou igualmente que com os parceiros internacionais prontos para apoiar o povo sudanês nesta última linha reta da aplicação do Acordo e além, este esforço "deve continuar a ser dos Sudaneses".
"As contribuições internacionais foram consideráveis e continuarão a sê-lo bem depois dos referendos, mas só a vontade política dos Sudaneses pode fazer fazer avançar o processo.
"Assim, são as partes do acordo que são principalmente responsáveis pelo êxito desta operação.
O tempo já não está na confrontação política nem nos bloqueios", prosseguiu.
No seu discurso diante do Conselho de Segurança, o Secretário-Geral adjunto das Nações Unidas para as Operações de Manutenção da Paz, Alain Le Roy, também declarou, por seu turno, haver "progressos palpáveis" na preparação do referendo sul-sudanês.
Ele acrescentou entretanto que as coisas não avançaram em relação ao referendo de Abyei, para o qual uma comissão ainda está por criar.
Ele insistiu no facto de que é essencial que as partes alcancem um acordo, sublinhando que esta ausência de progresso exacerba as tensões no terreno.
Le Roy lembrou que, na última missão do Conselho sobre o Sudão, o Presidente do Sudão Sul, Salva Kiir, advertiu de sérios riscos de violência durante o referendo e preconizou a criação duma zona tampão entre o norte e o sul.
"Tentamos atualmente várias opções possíveis para reforçar a presença da Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS) nas zonas de alto risco junto à fronteira, em particular nas zonas de migração tradicionais onde deslocações da população podem ter lugar", declarou.
Le Roy considerou ser importante reconhecer que um simples aumento do número de tropas não permitirá à UNMIS prevenir ou conter um confronto entre os dois Exércitos.
"O nosso melhor remédio possível contra o regresso à guerra é o nosso engajamento para um acordo político", segundo o responsável onusino.
Le Roy acrescentou que, enquanto a atenção da comunidade internacional está cada vez mais virada para o próximo referendo, é importante não se desviar dos desafios maiores que se colocam ainda em Darfur.
No período analisado no relatório, revelou, casos de banditismo, roubos de veículos, embuscadas e raptos de agentes da ONU e trabalhadores humanitários continuaram a registar-se na conturbada região de Darfur.
No seu último relatório ao Conselho sobre a Missão híbrida ONU-União Africana em Darfur (MINUAD), Ban sublinhou que os confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes desestabilizaram algumas zonas da região, provocaram novas deslocações e impediram a distribuição da ajuda humanitária.
"Convido todos os beligerentes a cessar as hostilidades e a juntar-se aos procesos de paz no interesse das populações que pretendem representar", declarou o Secretário-Geral da ONU.
A 09 de Janeiro de 2011, os habitantes do Sudão Sul vão votar para se pronunciar sobre a separação da sua região do resto do país, enquanto os residentes da região central de Abyei vão decidir se eles querem pertencer ao norte ou ao sul do país.
Estes referendos constituirão a fase final da aplicação do Acordo de Paz Global (CPA) que foi assinado em 2005 para pôr termo a duas décadas de conflito entre o Governo baseado no norte e o Movimento/Exercito de Libertação do Povo Sudanês (SPLM/A) sediado no sul.
O Secretário-Geral formou um painel de três membros para supervisionar estes referendos a pedido do Governo sudanês.
Para além disso, a UNMIS presta uma assistência técnica, logística, e doutra natureza para os preparativos do referendo.
Eles convidaram igualmente todas as partes a fazer esforços para garantir que as eleições sejam organizadas a tempo, livres, justas e credíveis.
"Este processo de paz é unico na história do Sudão e os próximos meses serão cruciais para a salvaguarda do que foi realizado desde a assinatura do Acordo de Paz Global ", declarou o Secretário-Geral, Ban Ki-Moon, no seu último relatório sobre o Sudão ao Conselho de Segurança.
Ele indicou que com a aproximação do prazo fixado no quadro do Acordo de Paz GLobal para a organização dos referendos, "crescem as esperanças e as inquietações do público", insistindo que os eventos dos três próximos meses "terão um profundo impacto no futuro do Sudão".
Ele sublinhou que as implicações "são incontestavelmente amplas" e que a não organização dos referendos na data fixada pelo Acordo de Paz Global "poderá ter graves consequências".
"Apesar dos progressos feitos até agora, é imperioso que as partes do acordo e todas as autoridades interessadas se esforcem por respeitar os prazos".
O Secretário-Geral sublinhou igualmente que com os parceiros internacionais prontos para apoiar o povo sudanês nesta última linha reta da aplicação do Acordo e além, este esforço "deve continuar a ser dos Sudaneses".
"As contribuições internacionais foram consideráveis e continuarão a sê-lo bem depois dos referendos, mas só a vontade política dos Sudaneses pode fazer fazer avançar o processo.
"Assim, são as partes do acordo que são principalmente responsáveis pelo êxito desta operação.
O tempo já não está na confrontação política nem nos bloqueios", prosseguiu.
No seu discurso diante do Conselho de Segurança, o Secretário-Geral adjunto das Nações Unidas para as Operações de Manutenção da Paz, Alain Le Roy, também declarou, por seu turno, haver "progressos palpáveis" na preparação do referendo sul-sudanês.
Ele acrescentou entretanto que as coisas não avançaram em relação ao referendo de Abyei, para o qual uma comissão ainda está por criar.
Ele insistiu no facto de que é essencial que as partes alcancem um acordo, sublinhando que esta ausência de progresso exacerba as tensões no terreno.
Le Roy lembrou que, na última missão do Conselho sobre o Sudão, o Presidente do Sudão Sul, Salva Kiir, advertiu de sérios riscos de violência durante o referendo e preconizou a criação duma zona tampão entre o norte e o sul.
"Tentamos atualmente várias opções possíveis para reforçar a presença da Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS) nas zonas de alto risco junto à fronteira, em particular nas zonas de migração tradicionais onde deslocações da população podem ter lugar", declarou.
Le Roy considerou ser importante reconhecer que um simples aumento do número de tropas não permitirá à UNMIS prevenir ou conter um confronto entre os dois Exércitos.
"O nosso melhor remédio possível contra o regresso à guerra é o nosso engajamento para um acordo político", segundo o responsável onusino.
Le Roy acrescentou que, enquanto a atenção da comunidade internacional está cada vez mais virada para o próximo referendo, é importante não se desviar dos desafios maiores que se colocam ainda em Darfur.
No período analisado no relatório, revelou, casos de banditismo, roubos de veículos, embuscadas e raptos de agentes da ONU e trabalhadores humanitários continuaram a registar-se na conturbada região de Darfur.
No seu último relatório ao Conselho sobre a Missão híbrida ONU-União Africana em Darfur (MINUAD), Ban sublinhou que os confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes desestabilizaram algumas zonas da região, provocaram novas deslocações e impediram a distribuição da ajuda humanitária.
"Convido todos os beligerentes a cessar as hostilidades e a juntar-se aos procesos de paz no interesse das populações que pretendem representar", declarou o Secretário-Geral da ONU.
A 09 de Janeiro de 2011, os habitantes do Sudão Sul vão votar para se pronunciar sobre a separação da sua região do resto do país, enquanto os residentes da região central de Abyei vão decidir se eles querem pertencer ao norte ou ao sul do país.
Estes referendos constituirão a fase final da aplicação do Acordo de Paz Global (CPA) que foi assinado em 2005 para pôr termo a duas décadas de conflito entre o Governo baseado no norte e o Movimento/Exercito de Libertação do Povo Sudanês (SPLM/A) sediado no sul.
O Secretário-Geral formou um painel de três membros para supervisionar estes referendos a pedido do Governo sudanês.
Para além disso, a UNMIS presta uma assistência técnica, logística, e doutra natureza para os preparativos do referendo.