PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reservas internacionais de Angola aumentam 23,6% em 2011
Dakar, Senegal (PANA) – As reservas internacionais líquidas de Angola conheceram este ano um crescimento de 23,6 porcento, situando-se nos 21,4 biliões de dólares americanos até junho passado, anunciou terça-feira em Luanda o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, num discurso sobre o Estado da Nação.
Falando diante da Assembleia Nacional (Parlamento), o chefe de Estado angolano precisou que este crescimento confirmou a tendência positiva registada desde o ano anterior, quando as mesmas reservas progrediram de quase 12,6 biliões para cerca de 17,5 biliões de dólares americanos.
Ele explicou que o ano de 2010 foi caraterizado pela recuperação lenta dos preços do petróleo e pelo esforço fiscal para continuar a consolidar os pilares da estabilidade económica, mantendo a tendência de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que foi de 3,4 porcento.
No seu discurso a que PANA teve acesso em Dakar, Dos Santos indica que o seu Governo esteve sempre atento aos riscos decorrentes da grave crise económica e financeira internacional e conduziu, a partir de 2009, uma política macroeconómica “apoiada no pilar sólido de uma política fiscal de qualidade”.
Segundo ele, tratou-se igualmente de uma política macroeconómica “coerente e credível, capaz de garantir um efeito contrário à tendência de estagnação económica que se desenhava em todos os países desenvolvidos, em desenvolvimento e emergentes”.
“A nossa política anticíclica orientou-se por uma firme determinação de evitar a recessão, sem recorrer ao crescimento das emissões de dívida e de moeda, para não se comprometerem os fundamentos fiscais e cambiais da estabilidade macroeconómica”, disse.
Citando dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em setembro passado, Dos Santos indicou que Angola “foi um dos poucos países do mundo a escapar da recessão em 2009, pois o seu PIB cresceu 2,4 por cento enquanto o PIB mundial decrescia 0,7 por cento”.
Por outro lado, acrescentou, o dinamismo crescente dos setores da construção, da agricultura, da indústria e dos serviços “evidenciou a participação crescente” do setor não petrolífero no PIB, com um crescimento de 8,3 porcento em 2009 e 7,8 por cento em 2010, enquanto o setor petrolífero se contraía (respetivamente -5,1 e -3,0 por cento), devido à forte redução do preço e da produção”.
Para 2011, o Presidente angolano estimou o crescimento do PIB em 3,7 porcento, o que estaria, segundo ele, abaixo das previsões do Orçamento Geral do Estado (OGE) inicial, por causa da redução da produção petrolífera, a ser compensada entretanto com o aumento do preço médio anual do barril do petróleo bruto e o “crescimento acelerado” do setor não petrolífero.
Enquanto isso, destacou, a inflação continua a ser um desafio para 211, embora as estimativas apontem para índices abaixo dos 12 porcento projetados no OGE, “uma vez que a variação acumulada de janeiro até agosto deste ano se cifra em apenas 6,86 porcento contra 8,4 em 2010”.
“Depois de anos de descida sustentada, a taxa de inflação subiu seis porcento em 2008, atingindo 13,7 porcento, e cresceu novamente para 14,7 por cento em 2010”, afirmou.
-0- PANA IZ 18ou2011
Falando diante da Assembleia Nacional (Parlamento), o chefe de Estado angolano precisou que este crescimento confirmou a tendência positiva registada desde o ano anterior, quando as mesmas reservas progrediram de quase 12,6 biliões para cerca de 17,5 biliões de dólares americanos.
Ele explicou que o ano de 2010 foi caraterizado pela recuperação lenta dos preços do petróleo e pelo esforço fiscal para continuar a consolidar os pilares da estabilidade económica, mantendo a tendência de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que foi de 3,4 porcento.
No seu discurso a que PANA teve acesso em Dakar, Dos Santos indica que o seu Governo esteve sempre atento aos riscos decorrentes da grave crise económica e financeira internacional e conduziu, a partir de 2009, uma política macroeconómica “apoiada no pilar sólido de uma política fiscal de qualidade”.
Segundo ele, tratou-se igualmente de uma política macroeconómica “coerente e credível, capaz de garantir um efeito contrário à tendência de estagnação económica que se desenhava em todos os países desenvolvidos, em desenvolvimento e emergentes”.
“A nossa política anticíclica orientou-se por uma firme determinação de evitar a recessão, sem recorrer ao crescimento das emissões de dívida e de moeda, para não se comprometerem os fundamentos fiscais e cambiais da estabilidade macroeconómica”, disse.
Citando dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em setembro passado, Dos Santos indicou que Angola “foi um dos poucos países do mundo a escapar da recessão em 2009, pois o seu PIB cresceu 2,4 por cento enquanto o PIB mundial decrescia 0,7 por cento”.
Por outro lado, acrescentou, o dinamismo crescente dos setores da construção, da agricultura, da indústria e dos serviços “evidenciou a participação crescente” do setor não petrolífero no PIB, com um crescimento de 8,3 porcento em 2009 e 7,8 por cento em 2010, enquanto o setor petrolífero se contraía (respetivamente -5,1 e -3,0 por cento), devido à forte redução do preço e da produção”.
Para 2011, o Presidente angolano estimou o crescimento do PIB em 3,7 porcento, o que estaria, segundo ele, abaixo das previsões do Orçamento Geral do Estado (OGE) inicial, por causa da redução da produção petrolífera, a ser compensada entretanto com o aumento do preço médio anual do barril do petróleo bruto e o “crescimento acelerado” do setor não petrolífero.
Enquanto isso, destacou, a inflação continua a ser um desafio para 211, embora as estimativas apontem para índices abaixo dos 12 porcento projetados no OGE, “uma vez que a variação acumulada de janeiro até agosto deste ano se cifra em apenas 6,86 porcento contra 8,4 em 2010”.
“Depois de anos de descida sustentada, a taxa de inflação subiu seis porcento em 2008, atingindo 13,7 porcento, e cresceu novamente para 14,7 por cento em 2010”, afirmou.
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