PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Representante da ONU diz-se preocupada com condenação de jornalista no Sudão
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a luta contra as violências sexuais em período de conflito, Margot Wallstrom, exprimiu quarta-feira as suas preocupações após a condenação dum jornalista por um tribunal sudanês pela cobertura dum suposto caso de violação duma militante pelas forças de segurança.
« São os autores destes crimes que devem ser julgados e não os que relatam tais crimes », declarou Wallstrom num comunicado divulgado em Nova Iorque.
« Tais julgamentos infringem não só a liberdade de expressão e da imprensa, mas impedem igualmente os sobreviventes da violência sexual de se exprimir publicamente sobre os crimes de que eles foram vítimas », acrescentou Wallstrom.
« Fora deste caso, os jornalistas sudaneses têm o direito de relatar um caso de violação e outras formas de violência sexual. Os violadores e não os jornalistas devem responder pelos seus crimes no Sudão », indicou.
« Apenas atacando-se abertamente à violência sexual poderemos quebrar o que é considerado como o maior silêncio da história e revelá-lo », disse Wallstrom.
Na semana passada, um tribunal de Cartum condenou Amal habani, uma jornalista do diário independente Al-Jarida, que noticiou um caso de violação duma militante pelas forças de segurança durante uma manifestação antigovernamental organizada no início do ano.
O tribunal condenou-lhe a pagar uma multa de dois mil libras sudanesas (ou seja 600 dólares americanos) ou cumprir uma pena dum mês de aprisionamento.
Uma outra jornalista do mesmo diário, Fatima Ghazali, cumpriu a mesma pena no início deste mês e continua detida por ter recusado pagar uma multa.
-0- PANA AA/BOS/ASA/AAS/SOC/MAR/TON 04agosto2011
« São os autores destes crimes que devem ser julgados e não os que relatam tais crimes », declarou Wallstrom num comunicado divulgado em Nova Iorque.
« Tais julgamentos infringem não só a liberdade de expressão e da imprensa, mas impedem igualmente os sobreviventes da violência sexual de se exprimir publicamente sobre os crimes de que eles foram vítimas », acrescentou Wallstrom.
« Fora deste caso, os jornalistas sudaneses têm o direito de relatar um caso de violação e outras formas de violência sexual. Os violadores e não os jornalistas devem responder pelos seus crimes no Sudão », indicou.
« Apenas atacando-se abertamente à violência sexual poderemos quebrar o que é considerado como o maior silêncio da história e revelá-lo », disse Wallstrom.
Na semana passada, um tribunal de Cartum condenou Amal habani, uma jornalista do diário independente Al-Jarida, que noticiou um caso de violação duma militante pelas forças de segurança durante uma manifestação antigovernamental organizada no início do ano.
O tribunal condenou-lhe a pagar uma multa de dois mil libras sudanesas (ou seja 600 dólares americanos) ou cumprir uma pena dum mês de aprisionamento.
Uma outra jornalista do mesmo diário, Fatima Ghazali, cumpriu a mesma pena no início deste mês e continua detida por ter recusado pagar uma multa.
-0- PANA AA/BOS/ASA/AAS/SOC/MAR/TON 04agosto2011