PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Representante da ONU defende regresso de ordem constitucional na Guiné-Bissau
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O representante especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, exortou a comunidade internacional a garantir que a solução da crise política atual neste país da Africa Ocidental se baseie num processo que reflita a vontade do povo e um compromisso de restaurar a ordem constitucional.
"Acredito que os partidos no Parlamento deverão estar mais implicados numa solução fundada num compromisso a restaurar a ordem constitucional", disse Mutaboba no Conselho de Segurança da ONU.
Mutaboba, que é igualmente chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), criado em 2009 para promover a estabilidade do país, explicou ao Conselho de Segurança que as negociações sobre uma partilha do poder excluíram o partido maioritário no Parlamento, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
"Chamo a atenção pelo facto de que uma solução que exclua o PAIGC e os outros partidos no Parlamento é uma receita para uma futura crise e será uma negação da vontade do povo exprimida nas eleições de 2008", disse Mutaboba.
Na sua comunicação na reunião do Conselho de Segurança, a presidente da Comissão de Configuração para a Manutenção da Paz na Guiné-Bissau, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, indicou que o Conselho e a comunidade internacioal no seu conjunto deverão agir com determinação para ajudar a Guiné-Bissau a sair, uma vez por todas, do ciclo de violência, de golpes de Estado, de impunidade e de instabilidade que assola este país há muitos anos.
"A solução à crise atual exige a libertação imediata das autoridades atualmente detidas pelos autores do golpe, o regresso do exército nas casernas e a retomada do processo eleitoral", disse.
Segunda-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar muito preocupado com o facto de que, apesar dos apelos da comunidade internacional a favor dum regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau, os responsáveis do golpe de Estado apenas agravam a crise política ao anunciar a sua intenção de criar um Governo de transição.
Ban e o Conselho de Segurança condenaram com firmeza o golpe e pediram a restauração imediata da ordem constitucional.
A CEDEAO, organização sub-regional da qual a Guiné-Bissau é membro, condenou igualmente o golpe de Estado e rejeitou o Governo de transição de dois anos anunciado pela junta e por alguns partidos políticos.
Os soldados na Guiné-Bissau, um país marcado por golpes de Estado, má governação e instabilidade política desde a sua ascensão à independência de Portugal em 1974, tomaram o poder a 12 de abril e detiveram o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O golpe de Estado decorreu antes da segunda volta da eleição presidencial prevista para 29 de abril entre Carlos Gomes Júnior e o antigo Presidente Kumba Yalá.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/IBA/CJB/TON 20abr2012
"Acredito que os partidos no Parlamento deverão estar mais implicados numa solução fundada num compromisso a restaurar a ordem constitucional", disse Mutaboba no Conselho de Segurança da ONU.
Mutaboba, que é igualmente chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), criado em 2009 para promover a estabilidade do país, explicou ao Conselho de Segurança que as negociações sobre uma partilha do poder excluíram o partido maioritário no Parlamento, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
"Chamo a atenção pelo facto de que uma solução que exclua o PAIGC e os outros partidos no Parlamento é uma receita para uma futura crise e será uma negação da vontade do povo exprimida nas eleições de 2008", disse Mutaboba.
Na sua comunicação na reunião do Conselho de Segurança, a presidente da Comissão de Configuração para a Manutenção da Paz na Guiné-Bissau, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, indicou que o Conselho e a comunidade internacioal no seu conjunto deverão agir com determinação para ajudar a Guiné-Bissau a sair, uma vez por todas, do ciclo de violência, de golpes de Estado, de impunidade e de instabilidade que assola este país há muitos anos.
"A solução à crise atual exige a libertação imediata das autoridades atualmente detidas pelos autores do golpe, o regresso do exército nas casernas e a retomada do processo eleitoral", disse.
Segunda-feira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar muito preocupado com o facto de que, apesar dos apelos da comunidade internacional a favor dum regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau, os responsáveis do golpe de Estado apenas agravam a crise política ao anunciar a sua intenção de criar um Governo de transição.
Ban e o Conselho de Segurança condenaram com firmeza o golpe e pediram a restauração imediata da ordem constitucional.
A CEDEAO, organização sub-regional da qual a Guiné-Bissau é membro, condenou igualmente o golpe de Estado e rejeitou o Governo de transição de dois anos anunciado pela junta e por alguns partidos políticos.
Os soldados na Guiné-Bissau, um país marcado por golpes de Estado, má governação e instabilidade política desde a sua ascensão à independência de Portugal em 1974, tomaram o poder a 12 de abril e detiveram o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O golpe de Estado decorreu antes da segunda volta da eleição presidencial prevista para 29 de abril entre Carlos Gomes Júnior e o antigo Presidente Kumba Yalá.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/IBA/CJB/TON 20abr2012