PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Repórteres Sem Fronteiras "preocupada" por situação de imprensa na Tunísia.
Túnis, Tunísia (PANA) - A "Repórteres Sem Fronteiras" (RSF), uma organização de defesa da liberdade de imprensa sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, declarou-se quinta-feira "preocupada" pela situação da imprensa na Tunísia, citando numerosas exações de que são vítimas os jornalistas.
"Apesar da abertura incontestável registada depois de 14 de janeiro (data da destituição do regime repressivo do Presidnete Ben Ali), a situação é hoje muito preocupante", julgou o diretor-geral da RSF, Christophe Deloire durante uma conferência de imprensa em Túnis.
Ele denunciou "as exações e as violações de vária natureza atribuídas aos polícias e a grupos religiosos radicais encorajados por responsáveis políticos".
A diretora do gabinete da RSF na Tunísia, Olivia Gré, dá conta de 130 atentados à liberdade de imprensa e 14 ações judiciais intentadas contra órgãos de imprensa ou jornalistas desde janeiro de 2012, numa média de "três agressões de jornalistas por semana".
Segundo o responsável máximo da RSF, a ameaça das autoridades para divulgar "uma lista negra" de jornalistas supostamente corruptos e implicados com o antigo regime é "mais um meio de pressão e de intimidação".
"Se jornalistas são acusados de delitos de corrupção, eles devem ser julgados por uma jurisdição independente", sublinhou Christophe Deloire.
Evocando uma reunião sua com Rached Ghannouchi, líder do movimento islamita "Ennahdha", no poder, Deloire indicou que "as boas intenções não bastam, uma vez que o poder é julgado pelos seus atos".
A visita do diretor da RSF na Tunísia ocorre num contexto de conflito entre o Governo e a imprensa pública, incluindo alguns responsáveis recém-nomeados que são contestados pelos profissionais.
Vários jornalistas da "Dar Assabah", a mais antiga empresa de imprensa na Tunísia, observam uma greve de fome há quatro dias para reclamar pela independência da sua linha editorial e denunciar as interferências da direção.
-0- PANA BB/TBM/MAR/IZ 05out2012
"Apesar da abertura incontestável registada depois de 14 de janeiro (data da destituição do regime repressivo do Presidnete Ben Ali), a situação é hoje muito preocupante", julgou o diretor-geral da RSF, Christophe Deloire durante uma conferência de imprensa em Túnis.
Ele denunciou "as exações e as violações de vária natureza atribuídas aos polícias e a grupos religiosos radicais encorajados por responsáveis políticos".
A diretora do gabinete da RSF na Tunísia, Olivia Gré, dá conta de 130 atentados à liberdade de imprensa e 14 ações judiciais intentadas contra órgãos de imprensa ou jornalistas desde janeiro de 2012, numa média de "três agressões de jornalistas por semana".
Segundo o responsável máximo da RSF, a ameaça das autoridades para divulgar "uma lista negra" de jornalistas supostamente corruptos e implicados com o antigo regime é "mais um meio de pressão e de intimidação".
"Se jornalistas são acusados de delitos de corrupção, eles devem ser julgados por uma jurisdição independente", sublinhou Christophe Deloire.
Evocando uma reunião sua com Rached Ghannouchi, líder do movimento islamita "Ennahdha", no poder, Deloire indicou que "as boas intenções não bastam, uma vez que o poder é julgado pelos seus atos".
A visita do diretor da RSF na Tunísia ocorre num contexto de conflito entre o Governo e a imprensa pública, incluindo alguns responsáveis recém-nomeados que são contestados pelos profissionais.
Vários jornalistas da "Dar Assabah", a mais antiga empresa de imprensa na Tunísia, observam uma greve de fome há quatro dias para reclamar pela independência da sua linha editorial e denunciar as interferências da direção.
-0- PANA BB/TBM/MAR/IZ 05out2012