PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Repórteres Sem Fronteiras exige libertação da jornalista camaronesa Mimi Mefo
Paris, França (PANA) – A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu ao Governo camaronês a libertação “incondiconal e imediata” da jornalista Mimi Mefo Takambou, apresentadora e diretora de Informação da cadeia privada "Equinoxe Television".
Mimi Takambou foi colocada em detenção provisória, quarta-feira, por um juiz militar, depois de cobrir o assassinato de um missionário norte-americano, na região anglófona.
"O sétimo mandato de Paul Biya começa com a detenção manifestamente arbitrária de uma jornalista. É um ato grave, em violação do compromisso assumido na véspera pelo Presidente camaronês, durante a sua investidura, de respeitar a Constituição, e uma ameaça contra todos os profissionais da informação nos Camarões”, afirmou este fim de semana o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, num comunicado de imprensa transmitido à PANA, em Paris.
A jornalista foi convocada na Gendarmaria para ser ouvida no quadro de um inquérito aberto por alegada "difusão de notícias falsas e cibercriminalidade", e foi em seguida presa na cadeia de New-Bell, em Doualá.
Ela foi conduzida na mesma noite ao comissário do Governo, o equivalente a procurador para os Tribunais militares, antes de ser determinada a sua prisão provisória por alegado atentado contra a segurança do Estado.
A apresentadora da Equinox Television retomu informações de um outro órgão de imprensa segundo as quais o Exército camaronês seria responsável pela morte do missionário norte-americano Charles Truman, a 30 de outubro último, na região anglófona do noroeste.
Mas a jornalista difundiu no seu próprio site Internet a versão defendida pelo Governo dos Camarões que implica os separatistas anglófonos nessa morte.
"A cobertura do conflito entre o poder central e as províncias anglófonas representa uma missão essencial dos jornalistas e não constitui uma forma de apoio, nem um ato criminoso para os Tribunais militares. Mimi Mefo deve ser libertada imediata e incondicionalmente”, sublinhou a organização de defesa dos jornalistas.
Por seu turno, o Sindicato Nacional dos Jornalistas dos Camarões (SNJC) anunciou, num comunicado publicado quarta-feira, 8 de novembro corrente, o boicote de todas as atividades governamentais durante 10 dias.
Segundo informações obtidas pela RSF, Mimi Mefo poderá comparecer, a partir desta segunda-feira, diante do juiz de instrução militar.
-0- PANA BM/JSG/SOC/FK/IZ 11nov2018
Mimi Takambou foi colocada em detenção provisória, quarta-feira, por um juiz militar, depois de cobrir o assassinato de um missionário norte-americano, na região anglófona.
"O sétimo mandato de Paul Biya começa com a detenção manifestamente arbitrária de uma jornalista. É um ato grave, em violação do compromisso assumido na véspera pelo Presidente camaronês, durante a sua investidura, de respeitar a Constituição, e uma ameaça contra todos os profissionais da informação nos Camarões”, afirmou este fim de semana o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, num comunicado de imprensa transmitido à PANA, em Paris.
A jornalista foi convocada na Gendarmaria para ser ouvida no quadro de um inquérito aberto por alegada "difusão de notícias falsas e cibercriminalidade", e foi em seguida presa na cadeia de New-Bell, em Doualá.
Ela foi conduzida na mesma noite ao comissário do Governo, o equivalente a procurador para os Tribunais militares, antes de ser determinada a sua prisão provisória por alegado atentado contra a segurança do Estado.
A apresentadora da Equinox Television retomu informações de um outro órgão de imprensa segundo as quais o Exército camaronês seria responsável pela morte do missionário norte-americano Charles Truman, a 30 de outubro último, na região anglófona do noroeste.
Mas a jornalista difundiu no seu próprio site Internet a versão defendida pelo Governo dos Camarões que implica os separatistas anglófonos nessa morte.
"A cobertura do conflito entre o poder central e as províncias anglófonas representa uma missão essencial dos jornalistas e não constitui uma forma de apoio, nem um ato criminoso para os Tribunais militares. Mimi Mefo deve ser libertada imediata e incondicionalmente”, sublinhou a organização de defesa dos jornalistas.
Por seu turno, o Sindicato Nacional dos Jornalistas dos Camarões (SNJC) anunciou, num comunicado publicado quarta-feira, 8 de novembro corrente, o boicote de todas as atividades governamentais durante 10 dias.
Segundo informações obtidas pela RSF, Mimi Mefo poderá comparecer, a partir desta segunda-feira, diante do juiz de instrução militar.
-0- PANA BM/JSG/SOC/FK/IZ 11nov2018