PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reitoria da UAN na "mira" da PGR
Luanda, Angola (PANA) - Alguns responsáveis da Reitoria da Universidade Agostinho Neto (UAN), em Luanda, poderão ser alvos da ação da Procuradoria Geral da República (PGR), nos próximos tempos, por alegada "prática reiterada" de atos de peculato e improbidade administrativa com a criação de "várias empresas fantasmas", entre outras malversações.
Segundo um grupo de entes credores que se prepara para dar entrada de uma denúncia na PGR, foram criadas várias empresas "fantasmas" de prestação de serviço que, em regra, são direta ou indiretamente detidas por membros da direção da Reitoria.
Estas supostas empresas foram surgindo ao longo dos anos para substituir de forma irregular empresas idóneas de prestação de serviço anteriormente contratadas, e nalguns casos a rescisão dos contratos opera-se "sem o pagamento das dívidas já vencidas em resultado de serviços já prestados", indicou um dos representantes do grupo que pediu o anonimato.
A título de exemplo, a fonte citou a "Ecojardim" cuja titularidade direta ou indireta é atribuída a um dos vice-reitores da primeira instituição pública de ensino superior no país, e que "apareceu do nada" para substituir a "Lua Jardim", que prestava serviços de jardinagem.
A fonte explica que esta última, alegadamente titulada por um expatriado, estaria entre muitas que viram o seu contrato suspenso sem o pagamento das dívidas anteriormente contraídas pela Reitoria, que optou por fazer negócio consigo mesmo, "através de projetos empresariais fantasmas como Ecojardim, Nak Multi, Ecel, H$C e JL Cratus, entre outros".
Mais recentemente, prosseguiu a fonte, à Reitoria têm sido atribuídos atos que fazem presumir que ela estaria empenhada no recrutamento e formação de uma nova equipa de seguranças, afetos igualmente a um daqueles mecanismos empresariais, quando se sabe que existe uma empresa de segurança que garante a proteção de todas as unidades orgânicas da UAN.
Sabe-se igualmente que os trabalhadores desta empresa de segurança que, atualmente, protege as instalações da Reitoria no Campus Universitário e das suas unidades orgânicas estão sem salários há cerca de cinco meses e há anos sem renovar o seu uniforme, indicou.
Enquanto isso, a mesma fonte referiu que a Reitoria deu uma ordem de pagamento a um dos bancos comerciais em Luanda, no início deste ano, para uma suposta aquisição de uniforme, botas, armamento e munições no montante de sete milhões e 578 mil kwanzas angolanos (um dólar americano equivale a cerca de 301 kwanzas).
A ordem em causa teria sido assinada pelo vice-reitor da UAN para Administração e Gestão, Fleiras Pepe Rivelino de Gove, mas teria sido rejeitada pelo banco ordenado por alegadamente ter como beneficiário um particular que podia ser um parente próximo ou testa de ferro da entidade ordenante.
Contudo, acrescentou, os mentores da operação teriam contornado essa recusa inicial e encontrado uma forma alternativa de sacar o dinheiro da conta da Universidade, umas vez que têm aparecido nas instalações da Reitora elementos estranhos com fardamento novo.
Por outro lado, uma fonte policial confirmou que a sua corporação recebeu no sábado, 13, uma reclamação dos seguranças do Campus Universitário, no Camama, contra a invasão de um grupo de indivíduos que "tentavam transformar o recinto destas instalações em campo de treinos com vista ao seu eventual recrutamento, mas sem o conhecimento dos guardas locais".
Depois de interpelados pelos seguranças no local, os supostos recrutas teriam afirmado, através do seu treinador identificado apenas por César, que foram ao local "a mando do vice-reitor" e do diretor do Gabinete de Estudos e Projetos (GEP), identificado por Cipriano, no quadro de um projeto "para a criação de uma empresa de segurança interna da UAN".
Esta revelação teria surpreendido os seguranças do recinto, que ordenaram a suspensão imediata dos treinos para melhor clarificação do assunto junto da Reitoria, uma vez que os
mesmos não recebem os seus salários há mais de cinco meses, por alegada falta de fundos.
-0- PANA IZ 17out2018
Segundo um grupo de entes credores que se prepara para dar entrada de uma denúncia na PGR, foram criadas várias empresas "fantasmas" de prestação de serviço que, em regra, são direta ou indiretamente detidas por membros da direção da Reitoria.
Estas supostas empresas foram surgindo ao longo dos anos para substituir de forma irregular empresas idóneas de prestação de serviço anteriormente contratadas, e nalguns casos a rescisão dos contratos opera-se "sem o pagamento das dívidas já vencidas em resultado de serviços já prestados", indicou um dos representantes do grupo que pediu o anonimato.
A título de exemplo, a fonte citou a "Ecojardim" cuja titularidade direta ou indireta é atribuída a um dos vice-reitores da primeira instituição pública de ensino superior no país, e que "apareceu do nada" para substituir a "Lua Jardim", que prestava serviços de jardinagem.
A fonte explica que esta última, alegadamente titulada por um expatriado, estaria entre muitas que viram o seu contrato suspenso sem o pagamento das dívidas anteriormente contraídas pela Reitoria, que optou por fazer negócio consigo mesmo, "através de projetos empresariais fantasmas como Ecojardim, Nak Multi, Ecel, H$C e JL Cratus, entre outros".
Mais recentemente, prosseguiu a fonte, à Reitoria têm sido atribuídos atos que fazem presumir que ela estaria empenhada no recrutamento e formação de uma nova equipa de seguranças, afetos igualmente a um daqueles mecanismos empresariais, quando se sabe que existe uma empresa de segurança que garante a proteção de todas as unidades orgânicas da UAN.
Sabe-se igualmente que os trabalhadores desta empresa de segurança que, atualmente, protege as instalações da Reitoria no Campus Universitário e das suas unidades orgânicas estão sem salários há cerca de cinco meses e há anos sem renovar o seu uniforme, indicou.
Enquanto isso, a mesma fonte referiu que a Reitoria deu uma ordem de pagamento a um dos bancos comerciais em Luanda, no início deste ano, para uma suposta aquisição de uniforme, botas, armamento e munições no montante de sete milhões e 578 mil kwanzas angolanos (um dólar americano equivale a cerca de 301 kwanzas).
A ordem em causa teria sido assinada pelo vice-reitor da UAN para Administração e Gestão, Fleiras Pepe Rivelino de Gove, mas teria sido rejeitada pelo banco ordenado por alegadamente ter como beneficiário um particular que podia ser um parente próximo ou testa de ferro da entidade ordenante.
Contudo, acrescentou, os mentores da operação teriam contornado essa recusa inicial e encontrado uma forma alternativa de sacar o dinheiro da conta da Universidade, umas vez que têm aparecido nas instalações da Reitora elementos estranhos com fardamento novo.
Por outro lado, uma fonte policial confirmou que a sua corporação recebeu no sábado, 13, uma reclamação dos seguranças do Campus Universitário, no Camama, contra a invasão de um grupo de indivíduos que "tentavam transformar o recinto destas instalações em campo de treinos com vista ao seu eventual recrutamento, mas sem o conhecimento dos guardas locais".
Depois de interpelados pelos seguranças no local, os supostos recrutas teriam afirmado, através do seu treinador identificado apenas por César, que foram ao local "a mando do vice-reitor" e do diretor do Gabinete de Estudos e Projetos (GEP), identificado por Cipriano, no quadro de um projeto "para a criação de uma empresa de segurança interna da UAN".
Esta revelação teria surpreendido os seguranças do recinto, que ordenaram a suspensão imediata dos treinos para melhor clarificação do assunto junto da Reitoria, uma vez que os
mesmos não recebem os seus salários há mais de cinco meses, por alegada falta de fundos.
-0- PANA IZ 17out2018