Rei Charles III e esposa visitam Quénia
Nairobi, Quénia (PANA) - O rei Carlos III e a rainha Consorte Camilla da Grã-Bretamha, encontram-se desde terça-feira em Nairobi para uma visita oficial de quatro dias ao Quénia, soube a PANA de fonte oficial.
A visita levantou um debate renovado no Quénia sobre o papel desempenhado pela potência colonial britânica quando governou o território queniano até 1963, segundo a fonte.
Segundo alguns comentadores, a visita significa a continuação da existência do “colonialismo interno”, apesar dos anos de independência do país.
O rei Carlos III foi recebido com grande pompa no State House (Palácio Presidencial) de Nairobi, antiga Casa do Governo e antiga residência dos governadores coloniais, com uma salva de 21 tiros.
O atual Presidente queniano, William Ruto, fez as honras do Palácio Presidencial ao monarca britânico.
O debate sobre "várias violações dos direitos humanos ocorridas durante a era colonial, nomeadamente a tortura e maus tratos à população indígena africana, continuou acalorado até ao momento.
A Comissão Queniana dos Direitos Humanos, financiada por fundos privados, disse segunda-feira última que ia procurar uma compensação adicional por atrocidades britânicas cometidas no Quénia.
A maioria das vítimas da rebelião Mau Mau, que favoreceu o fim da ocupação britânica do Quénia, continua a exigir indenizações.
A Embaixada Britânica no Quénia insiste em dizer que o Governo britânico já expressou “arrependimento” pela tortura indescritível e por outras violações dos direitos humanos cometidos no país, considerando esses arrependimentos "suficientes".
Cerca de 300.000 vítimas das violações dos direitos humanos e seus entes queridos ainda guardam rancor contra o Governo britânico.
-0- PANA AO/MA/NFB/JSG/SOC//MAR/DD 1novembro2023