PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reggaeman ivoiriense Alpha Blondy critica conceito de "ivoiridade"
Conakry, Guiné (PANA) – Um músico ivoiriense e estrela mundial do reggae, Alpha Blondy, denunciou esta quinta-feira em Conakry o conceito de "ivoiridade", fonte, segundo ele, de todos os problemas no seu país, desde há mais de uma década.
Durante uma conferência de imprensa, Blondy que dará sexta-feira e sábado dois concertos musicais sob o lema «Viver em Paz » em Conakry, indicou que « a ivoiridade foi uma loucura ».
Ele disse ter contactado as novas autoridades do seu país com vista a adotar uma lei para proibir este conceito.
Na sua ótica, a reconciliação não será fácil na Côte d'Ivoire, no entanto, o melhor meio de a alcançar continua a ser a conjugação dos esforços entre vencedores e derrotados da eleição presidencial, ganha por Alassane Dramane Ouattara em detrimento do Presidente cessante, Laurent Gbagbo.
« Em África, os perdedores das eleições devem ter a coragem e a humildade de reconhecer a sua derrota antes de ir felicitar os vencedores para a felicidade, a paz e o bem-estar das populações que continuam a sofrer injustamente das consequências das eleições (...) », disse o artista ivoiriense, para quem as eleições jnão deveriam ser uma tragédia em África.
O reggaeman ivoiriense, cujo primeiro concerto na Guiné-Conakry remonta a 1985 e durante o qual houve mortos, aconselhou aos jornalistas africanos uma maior responsabilidade e o patriotismo pois, frisou, "esles são em grande parte responsáveis » por distúrbios sociais antes e depois das eleições.
Ele afirmou que os jornalistas ivoirienses desempenharam um grande papel nas violências no seu país, onde, disse, líderes políticos se serviram da impresa para acender o fogo que fez milhares de vítimas inocentes.
« Vocês jornalistas, vocês deveriam ajudar os líderes políticos em termos de educação democrática (...) Sem a paz, não há estabibilidade nem desenvolvimento económico, e a democracia seria um conceito sem sentido », martelou Blondy.
Quanto à União Africana (UA), ele sublinhou que ela vai sempre fracassar pois, disse, « 80 porcento dos chefes de Estado que integram esta organização continental chegaram ao poder através de golpes de Estado.
Ele afirmou ter aceite vir atuar na Guiné « porque o seu Presidente foi eleito democraticamente, após ter rejeitado um primeiro convite dos organizadores em 2004, alegando que o então regime instalado não era democrático.
Alpha Blondy e o seu agrupamento, Solar System, serão acompanhados por 35 músicos guineenses, alguns dos quais provieram dos Estados Unidos e da Europa.
É nessa ocasião que o reggaeman ivoiriense lançará o seu novo álbum intitulado «Vision» (visão).
-0- PANA AC/TBM/FK/DD 28abril2011
Durante uma conferência de imprensa, Blondy que dará sexta-feira e sábado dois concertos musicais sob o lema «Viver em Paz » em Conakry, indicou que « a ivoiridade foi uma loucura ».
Ele disse ter contactado as novas autoridades do seu país com vista a adotar uma lei para proibir este conceito.
Na sua ótica, a reconciliação não será fácil na Côte d'Ivoire, no entanto, o melhor meio de a alcançar continua a ser a conjugação dos esforços entre vencedores e derrotados da eleição presidencial, ganha por Alassane Dramane Ouattara em detrimento do Presidente cessante, Laurent Gbagbo.
« Em África, os perdedores das eleições devem ter a coragem e a humildade de reconhecer a sua derrota antes de ir felicitar os vencedores para a felicidade, a paz e o bem-estar das populações que continuam a sofrer injustamente das consequências das eleições (...) », disse o artista ivoiriense, para quem as eleições jnão deveriam ser uma tragédia em África.
O reggaeman ivoiriense, cujo primeiro concerto na Guiné-Conakry remonta a 1985 e durante o qual houve mortos, aconselhou aos jornalistas africanos uma maior responsabilidade e o patriotismo pois, frisou, "esles são em grande parte responsáveis » por distúrbios sociais antes e depois das eleições.
Ele afirmou que os jornalistas ivoirienses desempenharam um grande papel nas violências no seu país, onde, disse, líderes políticos se serviram da impresa para acender o fogo que fez milhares de vítimas inocentes.
« Vocês jornalistas, vocês deveriam ajudar os líderes políticos em termos de educação democrática (...) Sem a paz, não há estabibilidade nem desenvolvimento económico, e a democracia seria um conceito sem sentido », martelou Blondy.
Quanto à União Africana (UA), ele sublinhou que ela vai sempre fracassar pois, disse, « 80 porcento dos chefes de Estado que integram esta organização continental chegaram ao poder através de golpes de Estado.
Ele afirmou ter aceite vir atuar na Guiné « porque o seu Presidente foi eleito democraticamente, após ter rejeitado um primeiro convite dos organizadores em 2004, alegando que o então regime instalado não era democrático.
Alpha Blondy e o seu agrupamento, Solar System, serão acompanhados por 35 músicos guineenses, alguns dos quais provieram dos Estados Unidos e da Europa.
É nessa ocasião que o reggaeman ivoiriense lançará o seu novo álbum intitulado «Vision» (visão).
-0- PANA AC/TBM/FK/DD 28abril2011