PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Refugiados nigerianos no norte dos Camarões desejam regressar à casa, diz ACNUR
Yaoundé, Camarões (PANA) – Mais de três quartos, ou seja 76 porcento, dos milhares de refugiados nigerianos baseados no norte dos Camarões querem voltar à sua casa já que a situação de segurança no nordeste da Nigéria melhorou, de acordo com um estudo do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Porém, o estudo levado a cabo no início de maio corrente no campo de Minawao nos Camarões indica que os que querem voltar estão ainda preocupados com condições prevalecentes nas suas aldeias de origem e, enquanto 45 porcento dentre eles desejam regressar imediatamente à casa, 38 porcento preferem esperar para verem a evolução da situação de segurança, indica um comunicado do ACNUR.
A agência onusina partilha estas preocupações garantindo-lhes que "todos os repatriamentos devem ser voluntários e ninguém pode ser conduzido a zonas de insegurança e de destruição maciça de vidas humanas onde as vidas dos refugiados possam estar mais expostas e mais difíceis".
Também exortou os governos dos dois países a abrirem as suas fronteiras aos refugiados que fogem do conflito, em ambos lados.
Há quase 65 mil refugiados nigerianos nos Camarões e mais da metade é mulheres (54 porcento), o que demonstra que a população no campo é composta em média por pessoas cuja idade é compreendida entre os 35 anos e mais. cerca de 44 porcento afirmaram dispor de dispor de informações sobre as suas zonas de origem graças a telemóveis, aos recém-chegados, às suas famílias e aos seus amigos e através da imprensa e da Internet, lê-se no comunicado.
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, e o seu homólogo camaronês, Paul Biya, reuniram-se na semana passada em Abuja (Nigéria) para abordarem a questão do regresso dos refugiados nigerianos segundo um acordo tripartido planificado com o ACNUR.
Uma outra reunião será convocada em julho próximo com vista a criar um quadro para se garantir o regresso seguro dos refugiados anunciou a agência onusina, acrescentando que o repatriamento a partir dos Camarões era uma questão sensível no passado porque, lamentou, não podia entrar em contacto com mais de 20 mil Nigerianos repatriados em 2015 a partir da zona militarizada do Lago Tchad para se certificar de que os mesmos regressaram voluntariamente.
Em 2015, os Governos da Nigéria e dos Camarões repeliram insurretos da seita islamita nigeriana de Boko Haram no nordeste do primeiro e no norte do segundo, reforçando assim a segurança em algumas localidades mas os insurretos continuam a ser uma ameaça à paz na região, de acordo com o ACNUR.
Mais de 200 mil Nigerianos fugirem para os Camarões, o Tchad e o Níger, devido a ataques contra as suas terras em Borno, Adamawa e Yobe (nordeste) que se propagaram, desde 2014, aos Camarões, onde cerca de 170 mil Cameroneses tiveram que se deslocar internamente no norte do seu país.
-0- PANA MA/ASA/BEH/IBA/DD 16maio2016
Porém, o estudo levado a cabo no início de maio corrente no campo de Minawao nos Camarões indica que os que querem voltar estão ainda preocupados com condições prevalecentes nas suas aldeias de origem e, enquanto 45 porcento dentre eles desejam regressar imediatamente à casa, 38 porcento preferem esperar para verem a evolução da situação de segurança, indica um comunicado do ACNUR.
A agência onusina partilha estas preocupações garantindo-lhes que "todos os repatriamentos devem ser voluntários e ninguém pode ser conduzido a zonas de insegurança e de destruição maciça de vidas humanas onde as vidas dos refugiados possam estar mais expostas e mais difíceis".
Também exortou os governos dos dois países a abrirem as suas fronteiras aos refugiados que fogem do conflito, em ambos lados.
Há quase 65 mil refugiados nigerianos nos Camarões e mais da metade é mulheres (54 porcento), o que demonstra que a população no campo é composta em média por pessoas cuja idade é compreendida entre os 35 anos e mais. cerca de 44 porcento afirmaram dispor de dispor de informações sobre as suas zonas de origem graças a telemóveis, aos recém-chegados, às suas famílias e aos seus amigos e através da imprensa e da Internet, lê-se no comunicado.
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, e o seu homólogo camaronês, Paul Biya, reuniram-se na semana passada em Abuja (Nigéria) para abordarem a questão do regresso dos refugiados nigerianos segundo um acordo tripartido planificado com o ACNUR.
Uma outra reunião será convocada em julho próximo com vista a criar um quadro para se garantir o regresso seguro dos refugiados anunciou a agência onusina, acrescentando que o repatriamento a partir dos Camarões era uma questão sensível no passado porque, lamentou, não podia entrar em contacto com mais de 20 mil Nigerianos repatriados em 2015 a partir da zona militarizada do Lago Tchad para se certificar de que os mesmos regressaram voluntariamente.
Em 2015, os Governos da Nigéria e dos Camarões repeliram insurretos da seita islamita nigeriana de Boko Haram no nordeste do primeiro e no norte do segundo, reforçando assim a segurança em algumas localidades mas os insurretos continuam a ser uma ameaça à paz na região, de acordo com o ACNUR.
Mais de 200 mil Nigerianos fugirem para os Camarões, o Tchad e o Níger, devido a ataques contra as suas terras em Borno, Adamawa e Yobe (nordeste) que se propagaram, desde 2014, aos Camarões, onde cerca de 170 mil Cameroneses tiveram que se deslocar internamente no norte do seu país.
-0- PANA MA/ASA/BEH/IBA/DD 16maio2016