Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Os reformados mauritanos queixam-se de ser os "verdadeiros perdedores" do plano da luta contra os efeitos sanitários, económicos e sociais da pandemia do novo coronavírus (covid-19), anunciado pelo Presidente Mohamed Cheikh El Ghazouani, há algumas semanas.
O Estado comprometeu-se a dotar o fundo contra os efeitos da covid-19 de uma verba de 670 milhões de dólares americanos, com um complemento esperado dos parceiros privados nacionais, internacionais e de todas as boas vontades.
Mustapha Tabbou Alaoui, presidente da Associação dos Reformados (AR), pede ao Governo "uma ajuda especial em benefício dos 57 mil aposentados, mais de 2/3 dos quais ganham menos de três mil ouguiyas mauritanos (cerca de 70 dólares americanos) de três em três meses".
"Estas pessoas são os verdadeiros esquecidos da República (excluídos de tudo, benefícios e respeito), ao contrário da prática dos países europeus e mesmo de alguns Estados de África. Isto, apesar de mais de 35 anos de experiência profissional, conhecimentos profundos e variados em diversos domínios.
"Sempre que um funcionário público se reforma, a sua família fica abaixo do limiar da pobreza (de acordo com um estudo realizado pelo Programa Alimentar Mundial - PAM)", lamentou.
-0- PANA SAS/DIM/IZ 17abril2020