PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reforço da segurança alimentar na África Ocidental depende da melhor coordenação de ajuda, diz ONG
Dakar, Senegal (PANA) – O reforço da segurança alimentar na África Ocidental passará por um melhor alinhamento e uma melhor coordenação da ajuda, de acordo com um estudo de OXFAM transmitido sexta-feira à PANA.
O estudo foi efetuado no âmbito duma campanha que decorre sob o lema "Cultivemos a terra, a vida, o mundo".
Segundo este estudo intitulado "Coordenação e alinhamento da ajuda: Mito ou realidade?", os compromissos assumidos em 2009, na Cimeira do G8 de Aquila, na Itália, de consagrar 22 biliões de dólares ao setor agrícola ainda não levaram parceiros técnicos financeiros e outras instituições financeiras a investirem mais e melhor nos programas de investimento agrícolas nacionais e regionais na África Ocidental.
O documento, apresentado sexta-feira em Dakar, ressaltou os efeitos negativos da abordagem do projeto, uma contribuição desigual dos doadores de fundos para a elaboração dos planos nacionais de investimentos, uma participação limitada da sociedade civil nos processos nacionais e uma falta de coerência entre os compromissos políticos e os atos, entre outras deficiências.
"O Programa para a Agricultura e a Segurança Alimentar Mundial (GAFSP) continua sub-financiado", indica o estudo que constata que, em abril de 2011, apenas seis países contribuíram para o fundo, com 420 milhões de dólares. americanos
"No Níger, no Burkina Faso e no Gana, o financiamento do setor rural depende ainda largamente das contribuições dos parceiros de desenvolvimento, cuja coordenação das intervenções é primordial para garantir a eficiência desta ajuda", considera o estudo.
Apesar de uma reorganização dos parceiros e do seu modo de intervenção e de colaboração com os países oeste-africanos, o estudo constata que os países e organismos doadores não estão, muitas vezes, preparados para intervir a nível regional.
"E imperativo que sejam levantadas as resistências e os bloqueios a diferentes níveis, nomeadamente político, institucional, organizacional, que limitam a coerência das ações com os quadros de intervenção e sistemas nacionais e regional".
Citado no documento, o presidente da Confederação Camponesa do Burkina Faso, Bassiaka Dao, sublinhou que "as promessas de ajuda aos camponeses oeste-africanos devem ser cumpridas e que estas ajudas devem visar nomeadamente mulheres rurais e pequenos agricultores familiares que formam a franja mais importante dos agricultores na zona rural".
O objetivo do estudo é analisar os progressos e os bloqueios em matéria de coordenação e alinhamento dos parceiros técnicos e financeiros, no âmbito da implementação das políticas agrícolas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), nomeadamente no Burkina Faso, no Gana e no Níger.
Oxfam é uma Organização Não Governamental (ONG) Internacional de vocação humanitária que luta contra a pobreza, a fome, a injustiça social, além de defender o respeito pelos direitos humanos no mundo.
-0- PANA SIL/JSG/CJB/DD 10set2011
O estudo foi efetuado no âmbito duma campanha que decorre sob o lema "Cultivemos a terra, a vida, o mundo".
Segundo este estudo intitulado "Coordenação e alinhamento da ajuda: Mito ou realidade?", os compromissos assumidos em 2009, na Cimeira do G8 de Aquila, na Itália, de consagrar 22 biliões de dólares ao setor agrícola ainda não levaram parceiros técnicos financeiros e outras instituições financeiras a investirem mais e melhor nos programas de investimento agrícolas nacionais e regionais na África Ocidental.
O documento, apresentado sexta-feira em Dakar, ressaltou os efeitos negativos da abordagem do projeto, uma contribuição desigual dos doadores de fundos para a elaboração dos planos nacionais de investimentos, uma participação limitada da sociedade civil nos processos nacionais e uma falta de coerência entre os compromissos políticos e os atos, entre outras deficiências.
"O Programa para a Agricultura e a Segurança Alimentar Mundial (GAFSP) continua sub-financiado", indica o estudo que constata que, em abril de 2011, apenas seis países contribuíram para o fundo, com 420 milhões de dólares. americanos
"No Níger, no Burkina Faso e no Gana, o financiamento do setor rural depende ainda largamente das contribuições dos parceiros de desenvolvimento, cuja coordenação das intervenções é primordial para garantir a eficiência desta ajuda", considera o estudo.
Apesar de uma reorganização dos parceiros e do seu modo de intervenção e de colaboração com os países oeste-africanos, o estudo constata que os países e organismos doadores não estão, muitas vezes, preparados para intervir a nível regional.
"E imperativo que sejam levantadas as resistências e os bloqueios a diferentes níveis, nomeadamente político, institucional, organizacional, que limitam a coerência das ações com os quadros de intervenção e sistemas nacionais e regional".
Citado no documento, o presidente da Confederação Camponesa do Burkina Faso, Bassiaka Dao, sublinhou que "as promessas de ajuda aos camponeses oeste-africanos devem ser cumpridas e que estas ajudas devem visar nomeadamente mulheres rurais e pequenos agricultores familiares que formam a franja mais importante dos agricultores na zona rural".
O objetivo do estudo é analisar os progressos e os bloqueios em matéria de coordenação e alinhamento dos parceiros técnicos e financeiros, no âmbito da implementação das políticas agrícolas da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), nomeadamente no Burkina Faso, no Gana e no Níger.
Oxfam é uma Organização Não Governamental (ONG) Internacional de vocação humanitária que luta contra a pobreza, a fome, a injustiça social, além de defender o respeito pelos direitos humanos no mundo.
-0- PANA SIL/JSG/CJB/DD 10set2011