Agência Panafricana de Notícias

Referendo nas ilhas Comores cifra-se em 400 mil euros

Moroni- ilhas Comores (PANA) -- O orçamento da organização do referendo nas ilhas Comores que deve determinar o futuro da disposição constitucional relativa à presidência rotativa dos executivos das três ilhas comorianas estima-se em 418 mil 367 euros, anunciou quinta-feira em Moroni o secretário-geral do Governo, Nourdine Bourhane.
Bourhane precisou que os parceiros internacionais solicitados para este financiamento rejeitaram o pedido por "razões de procedimentos", nomeadamente o facto de o Governo ter tardado a contactar seus parceiros que têm mecanismos de financiamento a respeitar antes da qualquer disponibilização de fundos.
No plano material, faltariam 300 cabinas de voto e 350 urnas que devem ser substituídas nas três ilhas do arquipélago (Grande Comores, Moheli e Anjouan) "para o bom desenrolamento do escrutínio", segundo a mesma fonte.
O Governo está a reactivar a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) e, no mesmo contexto, consultou as autoridades das ilhas autónomas para criar comissões insulares eleitorais (CIE), de acordo com o responsável.
Por sua vez, Saindou Dhazilla, um membro da Comissão Preparatória do Referendo, indicou que não há um novo recenseamento eleitoral nem novas listas eleitorais, anunciando que só serão utilizadas as listas das últimas eleições (presidenciais de 2007).
Este referendo tão almejado pelo Presidente da União das Comores, Ahmed Abdalah Sambi, para abrogar o princípio da presidência rotativa do arquipélago entre as três ilhas, é contestado pelo presidente da ilha de Mohéli, Mohamed Ali Saïd, que receia que o Presidente Sambi queira prolongar o seu mandato em detrimento da sua jurisdição que deve assumir a presidência no termo do mandato deste último.