PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Redução de chuvas provoca restrições no fornecimento de energia em Angola
Luanda, Angola (PANA) - O ministro angolano da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou terça-feira restrições no abastecimento de energia elétrica a algumas cidades do país, incluindo a capital, Luanda, devido à redução das chuvas.
Falando em conferência de imprensa, o governante explicou que o cenário hidrológico atual não é muito favorável, uma vez que está a chover pouco no centro do país.
Como resultado, disse, a barragem de Cambambe, situada na província do Cuanza Norte e que abastece a região norte do país, vai receber menos água, facto que reduzirá a produção de energia na ordem de dois terços dos 960 megawatts da sua capacidade instalada.
Para além de Luanda, as restrições no fornecimento de energia vão também afetar as demais províncias do sistema norte (Cuanza Norte, Malanje, Uige, Bengo, Zaire e Cuanza Sul), indicou.
Com a redução das chuvas no centro do país, região onde nasce o rio Kwanza, que sustenta a barragem de Cambambe, esta está a acumular água no período diurno, com restrições na ordem de 40 porcento, para produzir energia à noite, indicou.
Para mitigar os efeitos desta redução da disponibilidade hídrica, o ministro revelou que, a partir de maio próximo, entra em operação a primeira turbina da Central do Ciclo Combinado do Soyo (norte), com 120 megawatts que serão adicionados ao sistema de produção.
Antes disso, afirmou, a albufeira da nova barragem hidroeléctrica de Laúca, em construção no leito médio do rio Kwanza, começa a ser enchida a 11 de março próximo, devendo a sua primeira turbina começar a gerar energia em julho deste ano.
O enchimento será repartido em quatro etapas, indo a primeira de 11 a 13 de março, com 58 horas de trabalho e o fecho do túnel do desvio do rio, para retomar o seu curso natural.
A segunda etapa, que vai de 13 de março a 12 de abril, compreenderá o enchimento da albufeira até elevar a cota aos 800 metros de altura, tendo como referência o nível médio das águas do mar, para uma retenção de 227 metros cúbicos de água por segundo.
O seu volume total será de 553 milhões de metros cúbicos para o ensaio das máquinas.
Na terceira etapa, de 13 abril a 12 de julho próximos, espera-se uma melhoria da afluência de água na barragem de Capanda, a montante de Laúca e Cambambe, para que a albufeira atinja uma cota de 830 metros de altura.
A retenção será de dois biliões e 680 milhões de metros cúbicos e uma vazão de 274 metros cúbicos por segundo, suficientes para pôr em funcionamento de forma ininterrupta as turbinas com capacidade cada uma de 334 megawatts.
A quarta e última etapa será executada em 2018, para o alcance de uma cota de 850 metros de altura, uma intervenção que não obrigará fazer restrições na produção e fornecimento de energia eléctrica.
A barragem de Laúca, em construção na província de Malanje, com capacidade total de dois mil e 70 megawatts, é um investimento do Estado angolano avaliado em quatro biliões e 500 milhões de dólares americanos.
Com uma altura total de 156 metros e mil e 242 metros de cumprimento, a barragem terá uma albufeira (lago da água retida) de 188 quilómetros de extensão e duas subestações, sendo uma de 400 KV e outra de 220 KV.
-0- PANA ANGOP/IZ 15fev2017
Falando em conferência de imprensa, o governante explicou que o cenário hidrológico atual não é muito favorável, uma vez que está a chover pouco no centro do país.
Como resultado, disse, a barragem de Cambambe, situada na província do Cuanza Norte e que abastece a região norte do país, vai receber menos água, facto que reduzirá a produção de energia na ordem de dois terços dos 960 megawatts da sua capacidade instalada.
Para além de Luanda, as restrições no fornecimento de energia vão também afetar as demais províncias do sistema norte (Cuanza Norte, Malanje, Uige, Bengo, Zaire e Cuanza Sul), indicou.
Com a redução das chuvas no centro do país, região onde nasce o rio Kwanza, que sustenta a barragem de Cambambe, esta está a acumular água no período diurno, com restrições na ordem de 40 porcento, para produzir energia à noite, indicou.
Para mitigar os efeitos desta redução da disponibilidade hídrica, o ministro revelou que, a partir de maio próximo, entra em operação a primeira turbina da Central do Ciclo Combinado do Soyo (norte), com 120 megawatts que serão adicionados ao sistema de produção.
Antes disso, afirmou, a albufeira da nova barragem hidroeléctrica de Laúca, em construção no leito médio do rio Kwanza, começa a ser enchida a 11 de março próximo, devendo a sua primeira turbina começar a gerar energia em julho deste ano.
O enchimento será repartido em quatro etapas, indo a primeira de 11 a 13 de março, com 58 horas de trabalho e o fecho do túnel do desvio do rio, para retomar o seu curso natural.
A segunda etapa, que vai de 13 de março a 12 de abril, compreenderá o enchimento da albufeira até elevar a cota aos 800 metros de altura, tendo como referência o nível médio das águas do mar, para uma retenção de 227 metros cúbicos de água por segundo.
O seu volume total será de 553 milhões de metros cúbicos para o ensaio das máquinas.
Na terceira etapa, de 13 abril a 12 de julho próximos, espera-se uma melhoria da afluência de água na barragem de Capanda, a montante de Laúca e Cambambe, para que a albufeira atinja uma cota de 830 metros de altura.
A retenção será de dois biliões e 680 milhões de metros cúbicos e uma vazão de 274 metros cúbicos por segundo, suficientes para pôr em funcionamento de forma ininterrupta as turbinas com capacidade cada uma de 334 megawatts.
A quarta e última etapa será executada em 2018, para o alcance de uma cota de 850 metros de altura, uma intervenção que não obrigará fazer restrições na produção e fornecimento de energia eléctrica.
A barragem de Laúca, em construção na província de Malanje, com capacidade total de dois mil e 70 megawatts, é um investimento do Estado angolano avaliado em quatro biliões e 500 milhões de dólares americanos.
Com uma altura total de 156 metros e mil e 242 metros de cumprimento, a barragem terá uma albufeira (lago da água retida) de 188 quilómetros de extensão e duas subestações, sendo uma de 400 KV e outra de 220 KV.
-0- PANA ANGOP/IZ 15fev2017