PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Recrudescimento de violência em Siliana na Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) - A região de Siliana, no centro da Tunísia, conheceu quarta-feira um recrudescimento de violência com mais de 220 feridos dos quais vários graves.
Os confrontos entre manifestantes e forças da ordem retomaram-se com mais intensidade que na véspera, primeiro dia de uma greve geral decretada nesta região "deserdada" em sinal de protesto contra a sua marginalização e para reclamar pelo seu "direito ao desenvolvimento".
Como várias regiões do interior do país, Siliana sofre de uma taxa de desemprego e de pobreza elevada em relação à média nacional.
Quarta-feira, os confrontos entre manifestantes e forças da ordem tomaram uma grande amplitude, com um clima de pânico, tensão e medo na região, relatou o deputado Iyadh Dahmani.
O parlamentar, que iniciou uma greve de fome na sede da União Regional de Trabalho (URT-sindicato), em apoio aos habitantes de Siliana de que é representante, denunciou a "repressão" dos manifestantes pela Polícia que usou gases lacrimogénoes e disparos de armas de fogo.
Vários casos de asfixia foram assinalados sobretudo de mulheres e crianças devido a gases que atingiram o interior das casas após perseguições entre polícias e manifestantes nas ruas da cidade.
O chefe do serviço de emergência do hospital de Siliana, Fethi Zakraoui, revelou que mais de 220 feridos, incluindo 17 atingidos nos olhos pelos disparos da polícia tforam transferidos para o Instituto Oftalmológico de Túnis.
Jornalistas foram igualmente agredidos pela Polícia incluindo o correspondente da rádio "Mosaique FM", Abdessalem Somrani, e o do jornal eletrónico "Al Massar", Hend Jebali.
O porta-voz do Ministério do Interior, Khaled Tarrouch, declarou que as forças da ordem "apenas reagiram aos atos de violência dos manifestantes que tentavam invadir a sede da prefeitura e lançavam pedras contra os agentes".
O secretário-geral da URT, Néjib Sebti, rejeitou esta tese, explicando que "os manifestantes cujo número ultrapassava os 10 mil agruparam-se pacificamente diante da prefeitura para exprimir a sua frustração e reclamar pela sua parte do desenvolvimento".
O responsável sindical condenou o que ele qualificou de "provocações" do governador que rejeita o diálogo e denunciou "a repressão brutal" das forças da ordem.
Entre as suas reivindicações, a população reclamava pela libertação de 14 pessoas presas há 20 meses sem ser julgadas após movimentos sociais e apelava para a partida do governador, Ahmed Zine Mahjoubi, membro do movimento islamita "Ennahdha" no poder, acusado de "mostrar má vontade" às queixas das populações, segundo o deputado Iyadh Dahmani.
O movimento de protesto estendeu-se a várias cidades da região incluindo Gaâfour, Makthar e Bouarada.
Em Túnis, a capital, cerca de 200 manifestantes incluindo sindicalistas e representantes da sociedade civil, agruparam-se diante do Ministério do Interior para protestar contra a "repressão" de que foram vítimas os habitantes de Siliana.
Outros confrontos opuseram dissidentes e forças da ordem na localidade de Sidi El Hani, da prefeitura de Sousse (centroeste) por problemas prediais, noticiou a rádio nacional que revelou várias detenções entre os habitantes da localidade.
-0- PANA BB/TBM /SOC/MAR/IZ 29nov2012
Os confrontos entre manifestantes e forças da ordem retomaram-se com mais intensidade que na véspera, primeiro dia de uma greve geral decretada nesta região "deserdada" em sinal de protesto contra a sua marginalização e para reclamar pelo seu "direito ao desenvolvimento".
Como várias regiões do interior do país, Siliana sofre de uma taxa de desemprego e de pobreza elevada em relação à média nacional.
Quarta-feira, os confrontos entre manifestantes e forças da ordem tomaram uma grande amplitude, com um clima de pânico, tensão e medo na região, relatou o deputado Iyadh Dahmani.
O parlamentar, que iniciou uma greve de fome na sede da União Regional de Trabalho (URT-sindicato), em apoio aos habitantes de Siliana de que é representante, denunciou a "repressão" dos manifestantes pela Polícia que usou gases lacrimogénoes e disparos de armas de fogo.
Vários casos de asfixia foram assinalados sobretudo de mulheres e crianças devido a gases que atingiram o interior das casas após perseguições entre polícias e manifestantes nas ruas da cidade.
O chefe do serviço de emergência do hospital de Siliana, Fethi Zakraoui, revelou que mais de 220 feridos, incluindo 17 atingidos nos olhos pelos disparos da polícia tforam transferidos para o Instituto Oftalmológico de Túnis.
Jornalistas foram igualmente agredidos pela Polícia incluindo o correspondente da rádio "Mosaique FM", Abdessalem Somrani, e o do jornal eletrónico "Al Massar", Hend Jebali.
O porta-voz do Ministério do Interior, Khaled Tarrouch, declarou que as forças da ordem "apenas reagiram aos atos de violência dos manifestantes que tentavam invadir a sede da prefeitura e lançavam pedras contra os agentes".
O secretário-geral da URT, Néjib Sebti, rejeitou esta tese, explicando que "os manifestantes cujo número ultrapassava os 10 mil agruparam-se pacificamente diante da prefeitura para exprimir a sua frustração e reclamar pela sua parte do desenvolvimento".
O responsável sindical condenou o que ele qualificou de "provocações" do governador que rejeita o diálogo e denunciou "a repressão brutal" das forças da ordem.
Entre as suas reivindicações, a população reclamava pela libertação de 14 pessoas presas há 20 meses sem ser julgadas após movimentos sociais e apelava para a partida do governador, Ahmed Zine Mahjoubi, membro do movimento islamita "Ennahdha" no poder, acusado de "mostrar má vontade" às queixas das populações, segundo o deputado Iyadh Dahmani.
O movimento de protesto estendeu-se a várias cidades da região incluindo Gaâfour, Makthar e Bouarada.
Em Túnis, a capital, cerca de 200 manifestantes incluindo sindicalistas e representantes da sociedade civil, agruparam-se diante do Ministério do Interior para protestar contra a "repressão" de que foram vítimas os habitantes de Siliana.
Outros confrontos opuseram dissidentes e forças da ordem na localidade de Sidi El Hani, da prefeitura de Sousse (centroeste) por problemas prediais, noticiou a rádio nacional que revelou várias detenções entre os habitantes da localidade.
-0- PANA BB/TBM /SOC/MAR/IZ 29nov2012