PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reconstrução da ilha cabo-verdiana do Fogo estimada em 26,8 milhões de euros
Praia, Cabo Verde (PANA) - Um estudo apresentado por um consultor da ONU estima em 26,8 milhões de euros o montante necessário para a recuperação dos danos causados pela erupção vulcânica de 23 de novembro de 2014 a 07 de fevereiro de 2015, na ilha cabo-verdiana do Fogo.
O documento foi apresentado, na cidade da Praia, durante uma reunião da Comissão de Aconselhamento do Gabinete de Reconstrução do Fogo.
Trata-se de um relatório das Nações Unidas de avaliação das necessidades do pós-desastre (PNDA) que fixa os efeitos da erupção em 24,8 milhões de euros menos do que os 45 milhões projetados pelo Governo do país.
Segundo o presidente do Gabinete de Reconstrução do Fogo, António Nascimento, o Fundo de Apoio, criado após a erupção vulcânica, tem neste momento 5,2 milhões de euros.
António Nascimento acrescentou que aquele valor resulta da ajuda dos parceiros de Cabo Verde, com destaque para a União Europeia, que disponibilizou três milhões de euros, e dos próprios Cabo-verdianos, que pagam mais 0,5 porcento de IVA para ajudar as pessoas afetadas pela erupção vulcânica.
Ele adiantou que apenas 6,7 porcento do valor total foi executado no primeiro trimestre do ano, altura dedicada sobretudo ao levantamento das necessidades e das intervenções que serão realizadas.
O montante servirá para a reabilitação das casas afetadas pela erupção vulcânica de 1995, construção de uma adega de produção do vinho, reconstrução de Chã das Caldeiras, o principal centro habitacional do local, e o apoio às famílias deslocadas com atividades geradoras de rendimento, entre outros fins.
António Nascimento salientou que o montante restante para a reconstrução da ilha do Fogo (mais de 20 milhões de euros) será mobilizado junto dos parceiros tradicionais de Cabo Verde.
"Há um trabalho a ser feito a nível da diplomacia, das Nações Unidas, para mobilização dos recursos", precisou.
O estudo apresentado pelo consultor da ONU, António Querido, salienta que continua a ser difícil estimar as consequências psicológicas do desastre na população afetada, e, em particular, os aspetos sociais e culturais do realojamento da comunidade de Chã das Caldeiras.
"Embora a erupção vulcânica tenha revelado algumas vulnerabilidades existentes, a estratégia de recuperação oferece uma oportunidade para fazer face a essas vulnerabilidades através da adoção de uma abordagem de reconstruir melhor como princípio orientador", prosseguiu.
O estudo, feito pelo Governo de Cabo Verde e parceiros internacionais, considera que isso ajudará a aumentar a resiliência geral da população afetada e a promover o desenvolvimento sustentável.
"A estratégia de recuperação deve atender às necessidades emergentes relacionadas com o acesso a serviços públicos, como saúde e educação e a melhoria das condições de vida das comunidades afetadas", recomendou.
Para além dos prejuízos materiais, a erupção vulcânica na ilha do Fogo forçou a deslocação de 994 pessoas que viviam em Chã das Caldeiras, a zona mais próxima do vulcão e a mais afetada.
-0- PANA CS/IZ 06set2015
O documento foi apresentado, na cidade da Praia, durante uma reunião da Comissão de Aconselhamento do Gabinete de Reconstrução do Fogo.
Trata-se de um relatório das Nações Unidas de avaliação das necessidades do pós-desastre (PNDA) que fixa os efeitos da erupção em 24,8 milhões de euros menos do que os 45 milhões projetados pelo Governo do país.
Segundo o presidente do Gabinete de Reconstrução do Fogo, António Nascimento, o Fundo de Apoio, criado após a erupção vulcânica, tem neste momento 5,2 milhões de euros.
António Nascimento acrescentou que aquele valor resulta da ajuda dos parceiros de Cabo Verde, com destaque para a União Europeia, que disponibilizou três milhões de euros, e dos próprios Cabo-verdianos, que pagam mais 0,5 porcento de IVA para ajudar as pessoas afetadas pela erupção vulcânica.
Ele adiantou que apenas 6,7 porcento do valor total foi executado no primeiro trimestre do ano, altura dedicada sobretudo ao levantamento das necessidades e das intervenções que serão realizadas.
O montante servirá para a reabilitação das casas afetadas pela erupção vulcânica de 1995, construção de uma adega de produção do vinho, reconstrução de Chã das Caldeiras, o principal centro habitacional do local, e o apoio às famílias deslocadas com atividades geradoras de rendimento, entre outros fins.
António Nascimento salientou que o montante restante para a reconstrução da ilha do Fogo (mais de 20 milhões de euros) será mobilizado junto dos parceiros tradicionais de Cabo Verde.
"Há um trabalho a ser feito a nível da diplomacia, das Nações Unidas, para mobilização dos recursos", precisou.
O estudo apresentado pelo consultor da ONU, António Querido, salienta que continua a ser difícil estimar as consequências psicológicas do desastre na população afetada, e, em particular, os aspetos sociais e culturais do realojamento da comunidade de Chã das Caldeiras.
"Embora a erupção vulcânica tenha revelado algumas vulnerabilidades existentes, a estratégia de recuperação oferece uma oportunidade para fazer face a essas vulnerabilidades através da adoção de uma abordagem de reconstruir melhor como princípio orientador", prosseguiu.
O estudo, feito pelo Governo de Cabo Verde e parceiros internacionais, considera que isso ajudará a aumentar a resiliência geral da população afetada e a promover o desenvolvimento sustentável.
"A estratégia de recuperação deve atender às necessidades emergentes relacionadas com o acesso a serviços públicos, como saúde e educação e a melhoria das condições de vida das comunidades afetadas", recomendou.
Para além dos prejuízos materiais, a erupção vulcânica na ilha do Fogo forçou a deslocação de 994 pessoas que viviam em Chã das Caldeiras, a zona mais próxima do vulcão e a mais afetada.
-0- PANA CS/IZ 06set2015