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Receitas do Estado aumentam 31,4 por cento em Cabo Verde, diz Governo

Praia, Cabo Verde (PANA) - Receitas do Estado aumentaram, até maio último, face ao mesmo período de 2021, para quase 19.668.000.000 escudos (179.000.000 euros), ou seja, 31,4 por cento, segundo dados dum relatório-síntese da execução orçamental em Cabo Verde.

De acordo com o documento do Ministério das Finanças, citado pela imprensa local quinta-feira, este desempenho resulta essencialmente do “aumento da arrecadação” de impostos diretos (43,8 por cento), face ao mesmo período de 2021, fortemente condicionado pelos efeitos da pandemia da covid-19 e indiretos (6,4 por cento).

Os dados, ainda provisórios, referem que as despesas totais de janeiro a maio aumentaram 5,8 por cento, face ao executado nos mesmos cinco meses de 2021, para 22.290.000.000 escudos (203.000.000 euros).

Em cinco meses, Cabo Verde arrecadou 33,8 por cento dos 58.196.000.000 escudos (529.700.000 euros) das receitas orçamentados para todo este ano pelo Governo, valor que compara ainda com os 14.966.000.000 escudos (136.200.000 euros) contabilizados de janeiro a maio de 2021.

Nas receitas, o Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares (IRPS) aumentou 8,8 por cento até ao final de maio, para 2.519.000.000 escudos (22.900.000 euros), enquanto o imposto sobre os lucros das empresas (IRPC) caiu, também em termos homólogos, 0,9 por cento, para quase 1.316.000.000 escudos (11.900.000 euros).

Nos impostos indiretos, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) continua a recuperar das quedas provocadas pela pandemia da covid-19 e da queda no turismo, tendo rendido em cinco meses mais de 6.733.000.000 escudos (61.300.000 euros), aumentando 39,6 por cento face ao mesmo período de 2021.

Cabo Verde enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística, setor que garante 25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, desde março de 2020, devido às restrições impostas para controlar a pandemia da covid-19.

O país registou, em 2020, uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8 por cento do PIB, seguindo-se um crescimento económico de sete por cento em 2021, impulsionado pela retoma da procura turística no quarto trimestre.

-0- PANA CS(DD 11agosto2022