Receita não petrolífera aumenta 30% em Angola
Luanda, Angola (PANA) – O Presidente angolano, João Lourenço, anunciou sexta-feira que a receita não petrolífera do país cresceu, este ano, 30 por cento acima do inicialmente previsto.
Falando na abertura de uma nova sessão parlamentar, João Lourenço prometeu continuar a trabalhar para manter essa tendência positiva do setor não petrolífero como vetor para a diversificação da economia nacional e aumento de empregos.
Exemplificou que, apesar das contrações verificadas, em 2020, devido à pandemia da covid-19, só o setor da agricultura cresceu 5,6 por cento.
De acordo com as previsões do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2021, o Governo angolano esperava uma taxa de crescimento de 2,1 por cento na economia não petrolífera.
“Vamos continuar a trabalhar para manter este crescimento positivo do setor não petrolífero, por ser aquele que vai garantir a verdadeira diversificação da economia nacional, o aumento de empregos, dos rendimentos dos cidadãos e bem-estar das nossas populações”, disse.
O chefe de Estado lamentou contudo o facto de o programa de estabilização macroeconómica elaborado pelo seu Governo não ter tido um bom desempenho por influência negativa da pandemia da covid-19, da baixa preço do petróleo no mercado internacional e da redução da produção do crude.
Disse estar-se a trabalhar para reverter a tendência decrescente do setor petrolífero, através da aplicação célere da legislação recentemente aprovada no domínio do petróleo e gás.
A reversão do decréscimo do crude vai passar ainda pelo aumento das taxas de recuperação dos campos de produção e do relançamento da exploração petrolífera em geral, segundo o Executivo angolano.
Nos últimos ajustes feitos este ano à tabela de produção de petróleo, a Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP) autorizou Angola a produzir até perto de 1,2 biliões de barris por dia, mas o país não foi além dos 1,1 bilião de barris por dia, até agosto deste ano.