PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rebeldes sul-sudaneses querem abertura de valas comuns para desvendar atrocidades
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Os rebeldes do Sudão do Sul pedem a abertura de presumíveis valas comuns em Juba, a capital do país, onde milhares de civis foram enterrados logo depois de desencadeada a violência.
Este apelo foi lançado sexta-feira durante a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, destinada pôr fim aos combates entre os beligerantes sul-sudaneses.
Os rebeldes sul-sudaneses afirmam ter iniciado um inquérito interno sobre as atrocidades cometidas em Bentiu (norte), onde 200 pessoas morreram nas recentes violências, disse, sexta-feira, um seu porta-voz.
O Exército de Libertação dos Povos do Sudão (oposição) acolheu com satisfação a criação de uma Comissão de Inquérito de alto nível da União Africana sobre o conflito sudanês, anunciou Hussein Mar Nyot (vice-governador da região sul-sudanesa de Jonglei).
Porém, ele avisou que as investigações dirigidas pelo ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, não devem ser uma manobra que vise abafar o caso.
"Aceitamos as investigações levadas a cabo pela UA. Queremos que elas sejam neutras. Estas investigações constituem um teste para África e para as capacidades das instituições africanas de agirem durante um conflito», explicou Mar Nyot.
Para os rebeldes, enquanto os seus combatentes eram acusados de ter cometido as atrocidades de Bentiu, vários movimentos de Darfur (conturbada região ocidental do Sudão) enviaram combatentes para ajudar o Presidente sul-sudanês Salva Kiir.
"Os combates no Sudão do Sul que começaram em Juba, em dezembro último, fizeram mais de 20 mil mortos enterrados em valas comuns. O Governo ameaçou qualquer pessoa, até as Nações Unidas, que falasse sobre isto», denunciou Mar Nyot.
A equipa de investigação da UA foi enviada ao Sudão do Sul para uma missão de 10 dias, durante a qual ela manteve encontro com o Presidente Kiir e o chefe da rebelião, Riek Machar.
Os altos responsáveis das Nações Unidas acusaram "claramente" os rebeldes de ser os autores da matança de Bentiu, insistindo no fato de a maioria das vítimas serem executadas uma vez a sua identidade tribal confirmada.
Antes da sua chegada a Juba, Kerry disse que o Sudão do Sul precisava de um desdobramento de forças e que os responsáveis pelas violações flagrantes deviam ser processados.
As negociações de paz em Addis Abeba, na Etiópia, iniciaram-se, quinta-feira, mas a oposição se declara pessimista quanto à assinatura rápida de um acordo.
-0- PANA AO/SEG/NFB/IS/CJB/DD 03maio2014
Este apelo foi lançado sexta-feira durante a visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, destinada pôr fim aos combates entre os beligerantes sul-sudaneses.
Os rebeldes sul-sudaneses afirmam ter iniciado um inquérito interno sobre as atrocidades cometidas em Bentiu (norte), onde 200 pessoas morreram nas recentes violências, disse, sexta-feira, um seu porta-voz.
O Exército de Libertação dos Povos do Sudão (oposição) acolheu com satisfação a criação de uma Comissão de Inquérito de alto nível da União Africana sobre o conflito sudanês, anunciou Hussein Mar Nyot (vice-governador da região sul-sudanesa de Jonglei).
Porém, ele avisou que as investigações dirigidas pelo ex-Presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo, não devem ser uma manobra que vise abafar o caso.
"Aceitamos as investigações levadas a cabo pela UA. Queremos que elas sejam neutras. Estas investigações constituem um teste para África e para as capacidades das instituições africanas de agirem durante um conflito», explicou Mar Nyot.
Para os rebeldes, enquanto os seus combatentes eram acusados de ter cometido as atrocidades de Bentiu, vários movimentos de Darfur (conturbada região ocidental do Sudão) enviaram combatentes para ajudar o Presidente sul-sudanês Salva Kiir.
"Os combates no Sudão do Sul que começaram em Juba, em dezembro último, fizeram mais de 20 mil mortos enterrados em valas comuns. O Governo ameaçou qualquer pessoa, até as Nações Unidas, que falasse sobre isto», denunciou Mar Nyot.
A equipa de investigação da UA foi enviada ao Sudão do Sul para uma missão de 10 dias, durante a qual ela manteve encontro com o Presidente Kiir e o chefe da rebelião, Riek Machar.
Os altos responsáveis das Nações Unidas acusaram "claramente" os rebeldes de ser os autores da matança de Bentiu, insistindo no fato de a maioria das vítimas serem executadas uma vez a sua identidade tribal confirmada.
Antes da sua chegada a Juba, Kerry disse que o Sudão do Sul precisava de um desdobramento de forças e que os responsáveis pelas violações flagrantes deviam ser processados.
As negociações de paz em Addis Abeba, na Etiópia, iniciaram-se, quinta-feira, mas a oposição se declara pessimista quanto à assinatura rápida de um acordo.
-0- PANA AO/SEG/NFB/IS/CJB/DD 03maio2014