PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Reabertura do Museu de Bardo adiada e mesquitas anárquicas encerradas na Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) – As autoridades tunisinas decidiram adiar "por razões de organização” a reabertura, inicialmente prevista para esta terça-feira, do Museu do Bardo, uma semana após o ataque terrorista de que foi alvo e em que morreram 21 pessoas das quais 20 turistas estrangeiros
Contactado por telefone pela PANA, o conservador do Museu, Moncef Ben Moussa, anunciou « uma reabertura simbólica à tarde para a imprensa e os convidados », estando o acesso do público previsto para o próximo domingo.
Antes, ele justificou esta medida na rádio Shens (Sol) por « razões logísticas e, numa certa medida, de segurança ».
A assessora de imprensa do Ministério da Cultura, Aïda Seghaier, explicou que o espaço do Museu é pequeno para conter uma grande multidão.
Por sua vez, a assessora de imprensa do Museu, Hanane Srafi, insistiu no aspeto logístico » da medida.
« Existe evidentemente também o aspeto de segurança que foi considerado. Devemos estar vigilantes, mas não houve ameaças », indicou a responsável tunisina, dando conta de instruções dadas neste sentido pelos Ministérios da Cultura e do Interior.
A cerimónia oficial será marcada por um concerto da orquestra sinfónica de Túnis e por uma homenagem às vítimas do ataque, que foi reivindicado pela organização do « Estado Islâmico ».
Os organizadores do Fórum Social Mundial programaram « uma marcha contra o terrorismo », terça-feira à tarde, em direção ao Museu do Bardo, o mais importante do país.
Milhares de participantes provenientes de 120 países são esperados neste evento que a Tunísia alberga durante quatro dias.
Por outro lado, o Governo tunisino tomou, segunda-feira última, novas medidas para conter as ameaças dos extremistas.
Após a demissão de vários responsáveis de segurança devido a « falhas » registadas após a operação mortal de quarta-feira última, a célula de crise presidida pelo primeiro-ministro, Habib Essid, decidiu o encerramento das mesquitas construídas de forma « anárquica », sem autorização prévia, enquanto se aguarda pela regularização da sua situação.
Estas estão estimadas pelo Ministério dos Assuntos Religiosos em 187 mesquitas.
A célula de crise, que agrupa também os ministros do Interior e da Defesa, os altos responsáveis da segurança e oficiais superiores do Exército, decidiu igualmente "recuperar" todas as mesquitas ainda fora do controlo do Estado cujo número não foi determinado.
Estas são geridas por predicadores que difundem discursos « takfiristas », que incitam ao ódio e que consideram nomeadamente os laicos como apóstatas.
Foi decidido também "combater as bancadas anárquicas em redor das mesquitas e cortar as fontes do terrorismo", numa alusão a algumas "associações caritativas" suspeitas de financiar o recrutamento de jovens para a jihad e o seu envio para a Síria e o Iraque, na sua maioria, a partir da Líbia.
Segundo as autoridades, os Tunisinos representam o maior contingente (cerca de três mil) dos jihadistas que combatem naqueles países ao lado do « Estado Islâmico », na sua maioria.
O Govenro, que proclamou que "a Tunísia está (doravante) em guerra contra o terrorismo”, decidiu reforçar a segurança em todas as províncias do país, em particular em torno das zonas turísticas bem como nas fronteiras com a Líbia, e tomar as medidas necessárias para conter as ocorrências neste país onde milícias estão engajadas em combates acérrimos.
As entradas e saídas das cidades serão objeto dum controlo mais rigoroso, e um sistema de controlo eletrónico será instalado nos espaços públicos em Túnis e depois em várias outras cidades.
-0- PANA BB/JSG/FK/IZ 24março2015
Contactado por telefone pela PANA, o conservador do Museu, Moncef Ben Moussa, anunciou « uma reabertura simbólica à tarde para a imprensa e os convidados », estando o acesso do público previsto para o próximo domingo.
Antes, ele justificou esta medida na rádio Shens (Sol) por « razões logísticas e, numa certa medida, de segurança ».
A assessora de imprensa do Ministério da Cultura, Aïda Seghaier, explicou que o espaço do Museu é pequeno para conter uma grande multidão.
Por sua vez, a assessora de imprensa do Museu, Hanane Srafi, insistiu no aspeto logístico » da medida.
« Existe evidentemente também o aspeto de segurança que foi considerado. Devemos estar vigilantes, mas não houve ameaças », indicou a responsável tunisina, dando conta de instruções dadas neste sentido pelos Ministérios da Cultura e do Interior.
A cerimónia oficial será marcada por um concerto da orquestra sinfónica de Túnis e por uma homenagem às vítimas do ataque, que foi reivindicado pela organização do « Estado Islâmico ».
Os organizadores do Fórum Social Mundial programaram « uma marcha contra o terrorismo », terça-feira à tarde, em direção ao Museu do Bardo, o mais importante do país.
Milhares de participantes provenientes de 120 países são esperados neste evento que a Tunísia alberga durante quatro dias.
Por outro lado, o Governo tunisino tomou, segunda-feira última, novas medidas para conter as ameaças dos extremistas.
Após a demissão de vários responsáveis de segurança devido a « falhas » registadas após a operação mortal de quarta-feira última, a célula de crise presidida pelo primeiro-ministro, Habib Essid, decidiu o encerramento das mesquitas construídas de forma « anárquica », sem autorização prévia, enquanto se aguarda pela regularização da sua situação.
Estas estão estimadas pelo Ministério dos Assuntos Religiosos em 187 mesquitas.
A célula de crise, que agrupa também os ministros do Interior e da Defesa, os altos responsáveis da segurança e oficiais superiores do Exército, decidiu igualmente "recuperar" todas as mesquitas ainda fora do controlo do Estado cujo número não foi determinado.
Estas são geridas por predicadores que difundem discursos « takfiristas », que incitam ao ódio e que consideram nomeadamente os laicos como apóstatas.
Foi decidido também "combater as bancadas anárquicas em redor das mesquitas e cortar as fontes do terrorismo", numa alusão a algumas "associações caritativas" suspeitas de financiar o recrutamento de jovens para a jihad e o seu envio para a Síria e o Iraque, na sua maioria, a partir da Líbia.
Segundo as autoridades, os Tunisinos representam o maior contingente (cerca de três mil) dos jihadistas que combatem naqueles países ao lado do « Estado Islâmico », na sua maioria.
O Govenro, que proclamou que "a Tunísia está (doravante) em guerra contra o terrorismo”, decidiu reforçar a segurança em todas as províncias do país, em particular em torno das zonas turísticas bem como nas fronteiras com a Líbia, e tomar as medidas necessárias para conter as ocorrências neste país onde milícias estão engajadas em combates acérrimos.
As entradas e saídas das cidades serão objeto dum controlo mais rigoroso, e um sistema de controlo eletrónico será instalado nos espaços públicos em Túnis e depois em várias outras cidades.
-0- PANA BB/JSG/FK/IZ 24março2015