PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ramos Horta pede apoio de Cabo Verde na mobilização de recursos para Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - O representante das Nações Unidas em Bissau, José Ramos Horta, solicitou, na cidade da Praia, o apoio de Cabo Verde na mobilização da comunidade internacional para conceder os recursos necessários para a reconstrução da Guiné-Bissau, soube-se quarta-feira de fonte oficial na capital cabo-verdiana.
O diplomata timorense foi recebido em audiência pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, com os quais abordou a evolução da situação na Guiné-Bissau, na sequência das eleições de 13 de abril, bem como dos preparativos para a segunda volta das presidências, previstas para o próximo dia 18 de maio.
Ramos Horta revelou aos jornalistas que, dos contactos que manteve com o Presidente da República e com o primeiro-ministro, ambos se mostraram disponíveis a ajudar a mobilizar financiamento para a reconstrução da Guiné-Bissau.
De acordo com o representante das Nações Unidas, o encontro com o primeiro-ministro, assim como a reunião realizado anteriormente com o ministro das Relações Exteriores, Jorge Borges, serviu para reforçar o compromisso de Cabo Verde em fazer parte do processo de mobilização de fundos internacionais para o apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Ele frisou que ambos os governantes “nos transmitiram a determinação de Cabo Verde, após a criação do próximo Governo, de ajudar a mobilizar os recursos necessários para a Guiné-Bissau”.
Ramos Horta destacou o “extraordinário civismo” registado “até hoje” em todo o processo eleitoral recente que, não só para ele como também no seio da comunidade internacional, foi considerado “as mais bem sucedidas” e “as mais bem conduzidas” eleições até hoje na história da Guiné-Bissau, indicando a alta participação de mais de 80% de eleitores.
Ele elogiou ainda o espírito pacífico e ordeiro do “grande povo” guineense, o que contraria o historial de instabilidade política do país, salientando que se trata de um dos países com menor índice de criminalidade do mundo.
O diplomata timorense assinala ainda o facto de estas eleições marcarem o surgimento de novas lideranças sem o “peso negativo” do passado, ressalvando, entretanto, que há também “aspetos positivos” deste passado que importa salvaguardar.
O representante da ONU considera que o povo guineense “fez a sua parte” e que é chegada a hora também de a comunidade internacional fazer a sua “ e “não defraudar” as promessas feitas ao povo da Guiné-Bissau.
Ao se referir à situação reinante naquele país, nas vésperas da segunda volta das eleições presidenciais, o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau garantiu que o ambiente contínua tranquilo, e que a sociedade, incluindo os militares, têm sido “exemplares” neste processo visando o restabelecimento da normalidade constitucional interrompido pelo golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Obviamente, como em qualquer processo politico, a segunda volta é muito mais intensa. Mas, acredito que o partido mais votado, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), deve começar a pensar na formação do governo e na distribuição de lugares na Assembleia Nacional”, salientou.
O ex-Presidente de Timor Leste e galardoado com o Prémio Nobel da Paz (1996) está em Cabo Verde a convite do comandante Pedro Pires para participar das comemorações dos 80 anos do antigo primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, um convite que diz encarar como uma forma de poder despedir-se e agradecer pessoalmente o apoio dado por Cabo Verde para o cumprimento da sua missão na Guiné-Bissau.
“Não havendo a perspetiva de voltar tão cedo a Cabo Verde, fi-lo também como uma espécie de despedida e para agradecer todo o apoio que Cabo Verde me deu enquanto representante do Secretário-Geral (das Nações Unidas), na busca de melhores caminhos para a Guiné-Bissau”, precisou Ramos Horta.
-0- PANA CS/TON 30abril2014
O diplomata timorense foi recebido em audiência pelo Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e pelo primeiro-ministro, José Maria Neves, com os quais abordou a evolução da situação na Guiné-Bissau, na sequência das eleições de 13 de abril, bem como dos preparativos para a segunda volta das presidências, previstas para o próximo dia 18 de maio.
Ramos Horta revelou aos jornalistas que, dos contactos que manteve com o Presidente da República e com o primeiro-ministro, ambos se mostraram disponíveis a ajudar a mobilizar financiamento para a reconstrução da Guiné-Bissau.
De acordo com o representante das Nações Unidas, o encontro com o primeiro-ministro, assim como a reunião realizado anteriormente com o ministro das Relações Exteriores, Jorge Borges, serviu para reforçar o compromisso de Cabo Verde em fazer parte do processo de mobilização de fundos internacionais para o apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Ele frisou que ambos os governantes “nos transmitiram a determinação de Cabo Verde, após a criação do próximo Governo, de ajudar a mobilizar os recursos necessários para a Guiné-Bissau”.
Ramos Horta destacou o “extraordinário civismo” registado “até hoje” em todo o processo eleitoral recente que, não só para ele como também no seio da comunidade internacional, foi considerado “as mais bem sucedidas” e “as mais bem conduzidas” eleições até hoje na história da Guiné-Bissau, indicando a alta participação de mais de 80% de eleitores.
Ele elogiou ainda o espírito pacífico e ordeiro do “grande povo” guineense, o que contraria o historial de instabilidade política do país, salientando que se trata de um dos países com menor índice de criminalidade do mundo.
O diplomata timorense assinala ainda o facto de estas eleições marcarem o surgimento de novas lideranças sem o “peso negativo” do passado, ressalvando, entretanto, que há também “aspetos positivos” deste passado que importa salvaguardar.
O representante da ONU considera que o povo guineense “fez a sua parte” e que é chegada a hora também de a comunidade internacional fazer a sua “ e “não defraudar” as promessas feitas ao povo da Guiné-Bissau.
Ao se referir à situação reinante naquele país, nas vésperas da segunda volta das eleições presidenciais, o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau garantiu que o ambiente contínua tranquilo, e que a sociedade, incluindo os militares, têm sido “exemplares” neste processo visando o restabelecimento da normalidade constitucional interrompido pelo golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Obviamente, como em qualquer processo politico, a segunda volta é muito mais intensa. Mas, acredito que o partido mais votado, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), deve começar a pensar na formação do governo e na distribuição de lugares na Assembleia Nacional”, salientou.
O ex-Presidente de Timor Leste e galardoado com o Prémio Nobel da Paz (1996) está em Cabo Verde a convite do comandante Pedro Pires para participar das comemorações dos 80 anos do antigo primeiro-ministro e Presidente da República de Cabo Verde, um convite que diz encarar como uma forma de poder despedir-se e agradecer pessoalmente o apoio dado por Cabo Verde para o cumprimento da sua missão na Guiné-Bissau.
“Não havendo a perspetiva de voltar tão cedo a Cabo Verde, fi-lo também como uma espécie de despedida e para agradecer todo o apoio que Cabo Verde me deu enquanto representante do Secretário-Geral (das Nações Unidas), na busca de melhores caminhos para a Guiné-Bissau”, precisou Ramos Horta.
-0- PANA CS/TON 30abril2014