PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ramos Horta considera “muitíssimo complexa” situação na Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) - O representante especial das Nações na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, disse quarta-feira, na cidada Praia, que a situação naquele país é “muitíssimo complexa”, reiterando a ideia exprimida anteriormente de que a estrutura do Estado guineense poder estar em risco, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
No entanto, Ramos Horta, que se deslocou a Cabo Verde para uma visita de menos de 48 horas consagrada à situação na Guiné-Bissau, considera que a prisão recente do antigo chefe do Estado-Maior da Marinha, José Américo Bubo Na Tchuto, e a alegada associação do atual Presidente da República interino, Serifo Nhamadjo, ao tráfico de drogas não terão implicações negativas no processo de normalização da situação naquele país lusófono.
Na sequência de um encontro com o ministro cabo-verdiano das Relações Exteriores, Jorge Borges, o representante do secretário-geral da ONU assegurou que as autoridades civis não têm responsabilidades na situação a que o país chegou, considerando que estão a fazer o seu melhor para o bem da população.
Ramos Horta disse "simpatizar" com um grupo de políticos guineenses que foram chamados, alguns deles obrigados, a participar num Governo de Transição. “Há alguns no Governo que estão a fazer o melhor que podem e sofrem pressões de todo o lado, mesmo dos militares e até da comunidade internacional", afirmou o ex-Presidente de Timor-Leste.
Quanto à suspeição que recai sobre o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamajo, e ao primeiro-ministro, Rui Barros, sobre o seu eventual conhecimento do tráfico da droga na Guiné-Bissau, Ramos Horta lembrou que as eventuais afirmações dos detidos não comprovam que eles teriam falado com as referidas entidades.
"Não me cabe comentar o que vem alegado nas acusações, mas devem ter notado que alguém disse apenas 'vamos falar com o Presidente e com o primeiro-ministro' e não se disse mais nada, se falaram ou não com ambos e o que terão dito", afirmou.
O ex-Presidente timorense, Prémio Nobel da Paz em 1996, devia seguir esta quinta-feira para o Brasil, mas acabou por se encontrar na cidade da Praia, de forma inesperada, com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, António Patriota, que fez, quarta-feira, uma breve escala na capital cabo-verdiana, a caminho da Europa.
Ramos Horta disse que um dos assuntos que abordou com o chefe da diplomacia brasileira diz respeito à realização de eleições na Guiné-Bissau, antecedidas de um calendário eleitoral e de um governo mais inclusivo do qual faria parte o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Lembrou que realização, ainda este ano, de eleições na Guiné-Bissau é uma exigência dos parceiros deste país, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
“Vamos continuar o diálogo para ver como a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), a União Africana (UA), a CEDEAO, a ONU (Organização das Nações Unidas) e a União Europeia (UE) podem impulsionar o processo na Guiné-Bissau", sublinhou Ramos Horta.
O representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau vai reunir-se, antes de regressar à capital guineense, com o Presidente Jorge Carlos Fonseca e com o primeiro-ministro José Maria Neves, tendo como pano de fundo a crise político-militar naquele país da África Ocidental.
-0- PANA CS/TON 11abril2013
No entanto, Ramos Horta, que se deslocou a Cabo Verde para uma visita de menos de 48 horas consagrada à situação na Guiné-Bissau, considera que a prisão recente do antigo chefe do Estado-Maior da Marinha, José Américo Bubo Na Tchuto, e a alegada associação do atual Presidente da República interino, Serifo Nhamadjo, ao tráfico de drogas não terão implicações negativas no processo de normalização da situação naquele país lusófono.
Na sequência de um encontro com o ministro cabo-verdiano das Relações Exteriores, Jorge Borges, o representante do secretário-geral da ONU assegurou que as autoridades civis não têm responsabilidades na situação a que o país chegou, considerando que estão a fazer o seu melhor para o bem da população.
Ramos Horta disse "simpatizar" com um grupo de políticos guineenses que foram chamados, alguns deles obrigados, a participar num Governo de Transição. “Há alguns no Governo que estão a fazer o melhor que podem e sofrem pressões de todo o lado, mesmo dos militares e até da comunidade internacional", afirmou o ex-Presidente de Timor-Leste.
Quanto à suspeição que recai sobre o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamajo, e ao primeiro-ministro, Rui Barros, sobre o seu eventual conhecimento do tráfico da droga na Guiné-Bissau, Ramos Horta lembrou que as eventuais afirmações dos detidos não comprovam que eles teriam falado com as referidas entidades.
"Não me cabe comentar o que vem alegado nas acusações, mas devem ter notado que alguém disse apenas 'vamos falar com o Presidente e com o primeiro-ministro' e não se disse mais nada, se falaram ou não com ambos e o que terão dito", afirmou.
O ex-Presidente timorense, Prémio Nobel da Paz em 1996, devia seguir esta quinta-feira para o Brasil, mas acabou por se encontrar na cidade da Praia, de forma inesperada, com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, António Patriota, que fez, quarta-feira, uma breve escala na capital cabo-verdiana, a caminho da Europa.
Ramos Horta disse que um dos assuntos que abordou com o chefe da diplomacia brasileira diz respeito à realização de eleições na Guiné-Bissau, antecedidas de um calendário eleitoral e de um governo mais inclusivo do qual faria parte o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Lembrou que realização, ainda este ano, de eleições na Guiné-Bissau é uma exigência dos parceiros deste país, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
“Vamos continuar o diálogo para ver como a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), a União Africana (UA), a CEDEAO, a ONU (Organização das Nações Unidas) e a União Europeia (UE) podem impulsionar o processo na Guiné-Bissau", sublinhou Ramos Horta.
O representante do Secretário-Geral da ONU na Guiné-Bissau vai reunir-se, antes de regressar à capital guineense, com o Presidente Jorge Carlos Fonseca e com o primeiro-ministro José Maria Neves, tendo como pano de fundo a crise político-militar naquele país da África Ocidental.
-0- PANA CS/TON 11abril2013