PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rádiotelevisão de Cabo Verde em dificuldades para pagar salários
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo prometeu ajudar o Conselho da Administração da Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC) a mobilizar os meios necessários para o pagamento dos salários em atraso aos seus funcionários, sem estabelecer um prazo para o efeito, soube-se na cidade da Praia de fonte oficial.
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Rui Semedo, que tutela o setor da comunicação social, disse, na sequência de um encontro com uma Comissão de Trabalhadores (CT), que o Governo está empenhado na procura de soluções para ajudar a administração da RTC a pagar o salário dos trabalhadores referentes ao mês de setembro.
A RTC tem dificuldades em pagar os salários em atraso por alegadamente não receber da empresa pública de eletricidade e água (Electra) as verbas referentes à cobrança das taxas da rádio e televisão, que representam cerca de 70 porcento da massa salarial da empresa.
Rui Semedo reconheceu também "a justeza" da reivindicação dos trabalhadores da empresa que exigem a intervenção do Governo no sentido de evitar os sucessivos atrasos no pagamento dos salários e assegurar a sustentabilidade financeira da principal empresa pública de comunicação social em Cabo Verde.
O governante prometeu também que o Executivo cabo-verdiano, face aos problemas na atual estrutura organizativa da RTC e que colocam em risco a sua sobrevivência, vai ter de trabalhar no sentido de introduzir as mudanças que se impõem para dotar a empresa das condições necessárias a garantir o seu funcionamento, sem os atuais sobressaltos.
Os trabalhadores acusam o Conselho de Administração, presidido por Horácio Soares, de “gestão danosa” e de “desresponsabilização para com a empresa” e expressam a sua “preocupação e descontentamento” pela forma com a empresa está ser gerida.
Segundo um comunicado divulgado após uma assembleia na semana passada para analisar a situação da empresa, os trabalhadores da RTC reconhecem que sempre existiu o problema de atraso da verba resultante das taxas pagas pelos utentes da rádio e televisão públicas que é cobrada pela Electra juntamente com os serviços de eletricidade e água.
Contudo, eles consideram que esta situação de impasse no recebimento das taxas nunca chegou a colocar a RTC a um passo da falência técnica e financeira como se encontra neste momento.
Para além dos sucessivos atrasos no pagamento de salários, os trabalhadores da RTC queixam-se também de uma alegada falta de investimentos na infraestrutura tecnológica nas estações da rádio e da televisão, uma situação que, segundo eles, “tem estado a ter repercussão na degradação da qualidade do sinal, tanto da rádio como da televisão em vários pontos do país”.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da RTC, Horácio Soares, refuta as acusações de gestão danosa atribuída pelos trabalhadores à sua gerência e justifica os sucessivos atrasos dos salários consequência do não envio das cobranças das taxas efetuadas pela Electra à empresa.
Horácio Semedo explicou que o montante que devia ser entregue à RTC pela cobrança das taxas ronda 20 milhões de escudos mensais (cerca de 182 mil euros) e que neste momento a quantia que a empresa tem por receber da Electra eleva-se a 150 mil contos (cerca de 1,36 milhão de euros.
-0- PANA CS/TON 09 out 2012
O ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Rui Semedo, que tutela o setor da comunicação social, disse, na sequência de um encontro com uma Comissão de Trabalhadores (CT), que o Governo está empenhado na procura de soluções para ajudar a administração da RTC a pagar o salário dos trabalhadores referentes ao mês de setembro.
A RTC tem dificuldades em pagar os salários em atraso por alegadamente não receber da empresa pública de eletricidade e água (Electra) as verbas referentes à cobrança das taxas da rádio e televisão, que representam cerca de 70 porcento da massa salarial da empresa.
Rui Semedo reconheceu também "a justeza" da reivindicação dos trabalhadores da empresa que exigem a intervenção do Governo no sentido de evitar os sucessivos atrasos no pagamento dos salários e assegurar a sustentabilidade financeira da principal empresa pública de comunicação social em Cabo Verde.
O governante prometeu também que o Executivo cabo-verdiano, face aos problemas na atual estrutura organizativa da RTC e que colocam em risco a sua sobrevivência, vai ter de trabalhar no sentido de introduzir as mudanças que se impõem para dotar a empresa das condições necessárias a garantir o seu funcionamento, sem os atuais sobressaltos.
Os trabalhadores acusam o Conselho de Administração, presidido por Horácio Soares, de “gestão danosa” e de “desresponsabilização para com a empresa” e expressam a sua “preocupação e descontentamento” pela forma com a empresa está ser gerida.
Segundo um comunicado divulgado após uma assembleia na semana passada para analisar a situação da empresa, os trabalhadores da RTC reconhecem que sempre existiu o problema de atraso da verba resultante das taxas pagas pelos utentes da rádio e televisão públicas que é cobrada pela Electra juntamente com os serviços de eletricidade e água.
Contudo, eles consideram que esta situação de impasse no recebimento das taxas nunca chegou a colocar a RTC a um passo da falência técnica e financeira como se encontra neste momento.
Para além dos sucessivos atrasos no pagamento de salários, os trabalhadores da RTC queixam-se também de uma alegada falta de investimentos na infraestrutura tecnológica nas estações da rádio e da televisão, uma situação que, segundo eles, “tem estado a ter repercussão na degradação da qualidade do sinal, tanto da rádio como da televisão em vários pontos do país”.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da RTC, Horácio Soares, refuta as acusações de gestão danosa atribuída pelos trabalhadores à sua gerência e justifica os sucessivos atrasos dos salários consequência do não envio das cobranças das taxas efetuadas pela Electra à empresa.
Horácio Semedo explicou que o montante que devia ser entregue à RTC pela cobrança das taxas ronda 20 milhões de escudos mensais (cerca de 182 mil euros) e que neste momento a quantia que a empresa tem por receber da Electra eleva-se a 150 mil contos (cerca de 1,36 milhão de euros.
-0- PANA CS/TON 09 out 2012