RSF deplora morte de 2 jornalistas em ataque de al-Shabab na Somália
Paris, França (PANA) – A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) deplorou a morte de Hodan Nalayeh e Mohamed Sahal Omar, dois jornalistas mortos durante um ataque terrorista levado a cabo sexta-feira pelo grupo al-Shabab contra um hotel, na cidade somalí de Kismayo.
"Os jornalistas somalís ficam mais expostos neste tipo de ataques no continente. Com 58 jornalistas mortos nos últimos 10 anos, a Somália é o país africano mais perigoso para os profissionais da informação”, declarou a organização para a liberdade de expressão num comunicado cuja cópia foi transmitida terça-feira à PANA, em Paris.
Mohamed Sahal Omar, jornalista da SBS, uma cadeia baseada em Puntland, foi abatido enquanto filmava com o seu telefone móvel o ataque dos assaltantes no interior do hotel, indicou o Sindicato Nacional dos Jornalistas Somalís (Nusoi).
Por seu turno, Hodan Nalayeh, jornalista muito popular cuja estação televisiva conta mais de 140 mil assinantes Facebook, voltou ao seu país de origem, em 2018, depois de ter feito todos os seus estudos no Canadá do qual tem igualmente a nacionalidade.
"A morte destes dois repórteres, os primeiros a a serem mortos desde o início do ano, na Somália, lembra-nos que a segurança dos jornalistas e a luta contra a impunidade devem fazer parte das prioridades do Governo”, sublinhou RSF.
No ano passado, três jornalistas foram mortos no exercício da sua profissão, na Somália, que ocupa o 164º lugar dos 180 países na classificação mundial da liberdade de imprensa estabelecida pela RSF, em 2019.
-0- PANA BM/BEH/MAR/IZ 16julho2019