RSF denuncia suspensão de Canal 3 TV no Níger

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Uma cadeia televisiva, Canal 3 TV, e o seu chefe de redação, Seyni Amadou, estão suspensos no Níger, desde 17 de janeiro corrente, por difusão de um programa  intitulado “ O Barómetro dos membros do Governo 2024”, denunciou a Repóteres Sem Fronteiras (RSF).

Seyni Amadou está em detenção vigiada desde 18 de do corrente, “por difusão de dados suscertíveis de perturbar a ordem pública, attentado à segurança do Estado  e desonra às instituições da República”, segundo o seu advogado, Saïd Ould Salem. 

A sua captura, ocorrida na sede da Canal 3 TV, foi ordenada oelo ministro nigerino da Comunicação Social, Sidi Mohamed Raliou, segundo Sadibou Marong, diretor do Escritório da RSF na África Subsariana, que considera estas suspensões “ilegais”.

A seu ver, a difusão desta crónica não agradou ao ministro nigerino da Comunicação Social, que consequentemente ordenou a suspensão da cadeia televisiva por 30 dias, bem como a carteira de jornalista pertencente ao autor do artigo por três meses.

Esta medida baseia-se nos textos do Conselho Superior da Comunicação, órgão reitor do setor chumbado, semanas depois do golpe de Estado que as colocou no poder desde julho de 2024.

De facto, prosseguiu, as atribuições do CSC não foram confiadas até à data ao ministro da Comunicação Social, mesmo a título transitório, segundo a mesma fonte.

“Os ministros, que têm por obrigação de prestar conta ao povo relativamente a ações que levam a cabo no quadro da sua missão, não podem impedir um jornalista de dar um ponto de vista sobre a sua gestão. Ao difundir este barómetro, a Canal 3 TV exerceu siplesmente as suas funções”,  indignou-se. 

Considerou “inadmissíveis” as suspensões e as suas subsequentes detenções vigiadas.

Denunciou decisões abusivas e pediu às autoridades no poder para que levantem estas sanções e ponham fim à detenção vigiada contra o jornalista Seyni Amadou.

-0- PANA TNDD/IS/SOC/DD 20jan2025