Agência Panafricana de Notícias

RENAMO denuncia detenção de militantes

Maputo- Moçambique (PANA) -- A Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), ex-movimento rebelde e actual principal partido da oposição, denunciou a detenção de nove militantes, incluindo dois deputados da Assembleia Nacional, durante a campanha para a segunda volta das eleições municipais.
Ossufo Quitine, director de campanha do candidato da RENAMO, Manuel Dos Santos, declarou que entre os presos havia uma mulher que tentava impedir os militantes do partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), de colar panfletos na parede dos gabinetes da RENAMO.
Citado pelo diário independente "O País", publicado quinta-feira, Quitine afirmou que quatro membros da RENAMO, incluindo os deputados Luis Trinita e Simão Bute, foram presos quando participavam numa campanha eleitoral para o seu candidato.
"A meio da campanha, a Polícia começou a disparar ao ar e quando os deputados se inquietaram, eles receberam uma notificação para se deslocar ao Comissariado", declarou.
Acrescentou que à sua chegada à Polícia, Bute e os outros membros da RENAMO foram detidos, prosseguindo que os polícias foram procurar Trinita nos gabinetes da RENAMO e bateram o deputado antes de o encarcerar.
Segundo o comandante da Polícia do sector, os seus homens apenas dispararam ao ar depois de terem sido atacados.
Quitine declarou que três outros militantes da RENAMO estavam presos nos arredores de Quisimajul onde faziam campanha porta-a-porta.
"Um jovem vestido com uma camisola da FRELIMO saiu e provocou-os ocasionando uma grande confusão.
Mas é paradoxal que apenas os membros da RENAMO implicados neste confronto tenham sido detidos", disse.
Por seu turno, os militantes da FRELIMO e os membros da Organização dos Candidatos Independentes de Nacala (OCINA) deputados da Assembleia Municipal cessante de Nacala ameaçaram processar Manual Dos Santos porque o Conselho da cidade lhes deve três meses de salários.
O presidente da OCINA, César Gabriel, declarou ao semanário "Magazine Independante" que o pretexo dado por Dos Santos era que a municipalidade carecia de dinheiro.