RDC ntroduz 2.ª vacina contra vírus de Ébola na RD Congo
Kinshasa , RD Congo (PANA) – O secretário técnico do Comité Multissetorial da Resposta à Doença do Vírus de Ébola (DVE), Jean-Jacques Muyembe Tamfum, sublinhou a necessidade de utilizar a segunda vacina, preventiva, para proteger as populações residentes em zonas desinfetadas na República Democrática do Congo, indica um comunicado transmitido no fim de semana à PANA.
Segundo Jean-Jacques Muyembe, esta segunda vacina não é a sua invenção ou da sua equipa mas uma recomendação de um grupo especializado que aconselha a Organização Mundial da Saúde (OMS), em matéria de
Este grupo, precisou, formulou, durante uma reunião realizada a 7 de maio de 2019, duas principais recomendações, a utilização, até ao momento, da dose completa da vacina rVSV-ZEBOV, então um milímetro por indivíduo e a utilização, em previsão duma eventual penúria da segunda dose ajustada de 0.5 milímetro para ganhar o número doses a dar aos contactos.
Trata-se da vacina Jonshon & Jonshon (J&J), uma vacina americano-belga, escolhida entre as vacinas chinesa e russa.
"Quando se observam todos os critérios, percebe-se que a vacina J&J possui mais dados científicos, e isso justifica a nossa escolha sobre esta vacina que passou várias etapas demonstrando que ela não é tóxica e pode proteger o indivíduo do vírus de Ébola”, declarou Muyembe.
« Quand on passe tous les critères, on se rend compte que le vaccin J&J possède plus de données scientifiques et cela justifie notre choix sur ce vaccin qui a passé plusieurs étapes démontrant qu’il est non toxique et peut protéger l’individu du virus Ebola », a déclaré le Pr Muyembe.
Contrariamente à vacina rVSV-ZEBOV utilizada atualmente nas zonas infetadas, incluindo as províncias de Kivu-Norte e Ituri, disse o responsável sanitário congolês, a segunda vacina será utilizada nas zonas desinfetadas.
"Nós pensamos primeiro em proteger todos estes pequenos comerciantes congoleses que se deslocam diariamente ao Rwanda, pois pelo menos 64 mil pessoas atravessam em cada dia a pequena barreira de Goma para o Rwanda. Nós também devemos proteger o Rwanda”, insistiu Muyembe Tamfum.
Esta vacinação, acrescentou, vai então começar com a população em movimento de Goma para o Rwanda, antes de se alargar para criar um corredor das pessoas imunizadas com certeza para Kivu-Sul, ameaçado, com vista a proteger a população local e igualmente o pessoal médico, bem como todos aqueles que trabalhem em estruturas sanitárias.
Para Jean-Jacques Muyembe, esta vacina vai dar-se em duas injeções, ou seja a primeira protege contra o vírus de Ébola-Zaire e a segunda, em 25 a 50 dias mais tarde, protege contra os outros vírus de Ébola, nomeadamente o Soudan e Bundibudio.
Ele disse não entanto esquecer que, na RD Congo, existem dois vírus que circulam, designadamente o vírus Ébola-Zaire e o tipo Bundibudio.
Tranquilizou que a vacina Jonshon & Jonshon já foi utilizada por outros países e que não apresenta nenhum perigo contra população.
Ela já foi utilizada no Uganda e é o segundo ano que se continua a imunizar a população com esta vacina na Guiné Conakry.
Atualmente, o Rwanda está pronto para a utilizar a fim de proteger a sua população que vem, por razões comerciais, à República Democrática do Congo.
-0-PANA KON/BEH/FK/DD 23set2019