RDC e Estados Unidos finalizam acordo estratégico sobre minerais

Kinshasa, RD Congo (PANA) - O Governo congolês e o dos Estados Unidos perspetivam concluir, até finais de junho corrente, um duplo acordo estratégico sobre investimentos nos minerais críticos do país e o fim do conflito no leste congolês, soube a PANA de fonte oficial. 

Os dois países estão atualmente em negociações intensas para estabelecerem uma parceria estratégica baseada na exploração dos minerais críticos congoleses, desde a visita, em abril último, a Kinshasa, capital da RDC, do conselheiro para África do Presidente americano, Assad Boulos.

Para o efeito, discussões sobre o desenvolvimento mineiro em África vão no sentido de maximizar as implicações económicas para os países africanos, integrando ao mesmo tempo as dimensões sociais e ambientais,

Numa audiência concedido a Boulos por Tshisekedi, durante a sua recente a Kinshasa, o enviado de Donald Trump (Presidente americano) declarou à imprensa, terem ambos abordado vários matérias, nomeadamente p desenvolvimento das relações comerciais entre os dois países.

“Ouviram falar do acordo sobre minerais. Nós tomámos boa nota das propostas da RD COngo, e estou feliz por anunciar que o Presidente (Tshisekedi)  decidimos ver a elaboração”, acrescentou.

Por sua vez, o estadista congolês denunciou numerosas manipulações mediáticas concernentes à parceria estratégicas entre o seu país e os Estados Unidos em curso de finalização para a valorização dos minerais críticos.

A seu ver, certos discursos às vezes relatados a torto e a direito por uma parte da imprensa “evoca uma pretensa liquidação dos nossos recursos naturais.”

Este projeto de acordo visa a encorajar investimentos americanos nos minerais estratégicos da RDC, apoiando ao mesmo tempo os esforços no sentido de pôr fim à rebelião no leste do país, protagonizada por grupos armados, nomeadamente o M23, apoiados pelo Rwanda.

Se for rubricado este convénio dará à RDC uma oportunidade maior de diversificar as suas parcerias internacionais e reduzir a sua dependência face à China, que domina atualmente  a exploração dos seus vastos recursos mineiros.

O Governo congolês denuncia o saque sistemático aos seus recursos mineiros como sendo um facto chave dos conflitos que o opoêm aos rebeldes do M23 no leste da RDC. 

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) datado de junho de 2024, o grupo armado M23 terá exportado cerca de 150 toneladas de coltan para o Rwanda, que renderam cerca de 300.000 dólares americanos por mês, fruto do controlo dum jazigo mineiro estratégico no leste do país.

A RDC é um dos países mais ricos em recursos mineiros no mundo, detendo nomeadamente perto da metade das reservas mundiais de cobalto, posicionando-se como o segundo produtor mundial de cobre.

-0- PANA DD 17junho2025