RD Congo recusa lançamento de segurança vacina contra vírus de Ébola no país
Bruxelas , Bélgica (PANA) – O laboratório farmacêutico belga, Janssen Pharmaceutica, que concebeu uma vacina experimental contra o vírus de Ébola, afirmou, quinta-feira, que a RD Congo se recusou a aprovar o lançamento do produto no país, alegando que “esta vacina será perturbadora para a população”.
"Uma segunda vacina causará confusão para a população que não a aprovará”, afirmou o ministro congolês da Saúde, Oly Olenga, citado pela laboratório.
A notícia faz manchete na imprensa francófona e flamenga da Bélgica, destacando o facto de que a vacina está disponível em quantidade suficiente para imunizar em pouco tempo 500 mil pessoas, segundo a empresa farmacêutica.
Para a imprensa belga, esta recusa é incompreensível, visto que a epidemia do vírus de Ébola registada na RD Congo se tornou, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, numa emergência sanitária mundial”.
A empresa Janssen Pharmaceutica publicou um comunicado em que ela declara que "nós estamos prontos para colocar as vacinas à disposição das autoridades congolesas, se elas afirmarem que precisam delas”.
A imprensa belga não compreende esta recusa, enquanto a epidemia continua a propagar-se, após Beni e Butembo, o vírus apareceu em Goma, depois no Uganda, e os epidemiologistas receiam que ela atinja brevemente o Burubndi.
De Goma, cidade de um milhão de habitantes, ligada por voos aéreos diários com Kinshasa, 15 milhões de habitantes, os riscos são reais que o vírus de Ébola faça o seu surto em Kinshasa, dado que Brazzaville, capital da República do Congo, está situada em frente, a menos de 15 minutos de barco, depois de atravessar o rio Congo.
Luanda, capital de Angola, está a menos de 45 minutos de avião de Kinshasa. Os riscos de propagação do vírus de Ébola são reais pode propagar-se à Europa e à Ásia.
-0- PANA AK/JSG/IBA/FK/IZ 19julho2019